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ARTIGO - Certas mudanças são mais que necessárias
Os políticos brasileiros realmente se acham mais do que necessários à sociedade. É muito comum, e chego até a afirmar, que em todos os estados brasileiros têm ruas, prédios, praças, e demais adereços com o nome de político. Na coluna de Claúdio Humberto Silva tem um bom exemplo disso.

Por Marlen Lima Os políticos brasileiros realmente se acham mais do que necessários à sociedade. É muito comum, e chego até a afirmar, que em todos os estados brasileiros têm ruas, prédios, praças, e demais adereços com o nome de político. Na coluna de Claúdio Humberto Silva tem um bom exemplo disso, o que o jornalista chamou de - Um estado chamado Sarney. Lá, no Maranhão, até mesmo as pessoas com menos ou nenhum conhecimento político sabe que ali é terra dos Sarney (José Sarney é o ainda presidente do Senado, eleito pelo Amapá, já que não tinha como se eleger em sua terra natal, assim que deixou a Presidência da República. Mas isso é outra história). Pois bem, assim como Sarney tem sua terra temos outros exemplos de donos de terras, ou Estados como queira o leitor. Na Bahia existe alguém que duvide que "Painho" ACM é o dono daquele imenso terreiro? O senador Antônio Carlos Magalhães, também conhecido pela alcunha de Toinho Malvadeza - devido ao seu estilo trator que não perdoa os desafetos, em especial quando vivemos o período nebuloso da regime militar, é um dos maiores latifundiários do Brasil. Na Bahia, bem como no Maranhão, e cito mais, no Amazonas como os Amazoninos, em Roraima com os Pintos, em Rondônia com os Bianco, e demais estados, vamos encontrar maternidades, hospitais, ruas, avenidas, prédios públicos, aeroportos, escolas e tudo o mais com o nome de políticos, em especial aquele que é tido como todo poderoso da política local. Sendo assim como seria bom que a sociedade organizada, podemos colocar aí a tão e sempre presente OAB, fizesse manifestos e fosse às ruas para exigir mudanças nas Constituições estaduais para que fosse proibido a continuação dessa anomalia urbana de político virar nome de rua, avenida, prédio público, escola, hospital, entre outros. Funciona assim. É algo com o objetivo de imortalizar na mente do eleitor, do cidadão que ao passar pela rua, ou em frente ao prédio público saiba que ali é uma obra que está homenageando o político tal. Como se o papel de cada um desses senhores fosse feito como uma benção para com a sociedade. E é justamente o contrário, pois eles estão aonde se encontram porque votamos, escolhemos cada um para lá nos representar. Ou seja, não é obrigação termos que ver os nomes deles estampados em quase toda cidade, e mais temor que aguentar a poluição da soberba polícia com os nomes de seus familiares. Ou seja, o cabra é governador e pega a maternidade que construiu com dinheiro do povo e coloca o nome da mãe dele. Então é uma homenagem à mãe dele. Como se ela fosse a mãe do povo. A idéia é a que já que ela o pariu ele se acha o abençoado de estar ali, governando aquele povão. Portanto, mais do que justo homenagear mãezinha dele. E o isso tem que se engolido à seco por nós. Na realidade é bom que se lembre que os políticos estão na política para fazer um trabalho em prol do povo e não podem ficar se achando os deuses que salvam o povo e para isso devem ser quase que beatificados, sempre idolatrados e endeusados. Está mais do que na hora de acabarmos com essa imbecilidade, esse arroubo de arrogância e de soberba dos políticos. Está na hora da sociedade fazer mais do que o seu papel, que é o de infelizmente estar periodicamente lembrando o político de onde é o seu lugar. Que certamente é o de estar a serviço do povo, e não se locupletando e querendo se imortalizar através de obras públicas. Para isso acabar só depende de nós.
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