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OPINIÃO FORMADA

Interrogando a mulher de um figurão preso por desvio de dinheiro público, um delegado federal já irritado por ela não "colaborar", lascou essa: "Vejo que a senhora é muito dedicada e fiel ao seu marido. Será que ele também é dedicado e fiel? A senhora quer ouvir umas conversinhas dele sobre dedicação e fidelidade?

Edersen Lima, Editor INTERROTÓRIO E GRAMPOS Interrogando a mulher de um figurão preso por desvio de dinheiro público, um delegado federal já irritado por ela não "colaborar", lascou essa: "Vejo que a senhora é muito dedicada e fiel ao seu marido. Será que ele também é dedicado e fiel? A senhora quer ouvir umas conversinhas dele sobre dedicação e fidelidade? O advogado do preso que acompanhava a interrogada protestou. Mas ela fez questão de ouvir a fita gravada - não se sabe se com a autorização ou não da Justiça - onde o marido se esbaldava em conversas pra lá de apimentadas com uma amante bem mais jovem. "E então, ainda vai manter essa dedicação e fidelidade ao seu marido?", perguntou o delegado. "Vou, sim. Ele não presta, mas o senhor presta muito menos que ele", respondeu a esposa do preso. Ao ser liberado, o figurão ouviu do seu advogado: "Tenho duas notícias pra você, uma boa e outra ruim. A boa é que você vai responder o processo em liberdade. A ruim é que a tua mulher sabe da tua namorada". O ex-preso: "Minha nossa! Me prende de novo!". Isso não é piada. É fato real e aconteceu numa superintendência da Polícia Federal. Daí dá para se ter uma noção de como as escutas telefônicas são usadas. RESISTÊNCIAS O secretário de Segurança, João Fagundes, quer ser deputado federal. Pra isso, já articula série de alterações em delegacias do interior e cargos dentro da Seseg. Vai encontrar resistências dentro e fora. COFRE Articulações internas à parte, João Fagundes poderia ficar bem na fita se apontasse os autores do roubo do cofre da Câmara de Vereadores de Boa Vista. O governo Flamarion Portela até tinha lá seus conchavos para esconder aqui e ali. Mas o de Ottomar Pinto, não. Ou não? COFRE 2 E por falar em cofre. Outro que poderia ficar bem na fita é o vereador Zé Reinaldo, presidente da Câmara. Ou será que ele vai passar pela presidência da instituição sem mostrar interesse e decisão em solucionar o caso? CALÇA ARRIADA Entrevistado na rádio Equatorial, o deputado Chico Rodrigues colocou o repórter Paulo Geovani numa calça arriada quando aproveitou o momento para criticar a decisão judicial que impede que a rádio mencione o nome da prefeita Teresa Jucá. Entre considerações de censura e retrocesso, Chico comentou que a prefeita deveria aproveitar as críticas publicadas em jornais e feitas no ar para fazer uma avaliação da sua administração e não tentar calar a imprensa. MOBILIZAÇÃO A censura à rádio Equatorial, pelo visto, mobilizou órgãos, sindicatos e jornalistas. O Sinjoper que calou diante da ameaça de agressão do deputado Aírton Cascavel contra este Editor, vai se mobilizar contra a liberdade de expressão, aguardem. Mas aguardem, mesmo. COM DEFEITO Há dois dias que todos os telefones da Secretaria de Educação estão dando sinal de ocupados, causando transtornos ao público e aos servidores da pasta. COMENDO PELA BEIRADA Os protestos dos aprovados no concurso público do estado são pauta prioritária da TV Caburaí. A retransmissora cobre passo a passo as manifestações que vêm acontecendo em frente ao Palácio Hélio Campos. O público, diante das reportagens, já simpatiza com os protestos questionando pra quê contratar cargos comissionados se há pessoal aprovado em concurso público pronto para trabalhar. VERBAS Apesar do recesso, a bancada roraimense na Câmara dos Deputados gastou R$ 69.408,66 no mês passado em verba indenizatória que pode chegar até 12 mil por deputado. Maria Helena Veronesse aparece como quem menos gastou, utilizando R$ 725,00. Contas com combustível e óleos lubrificantes são os maiores consumidores da verba. E-MAIL ABERTO "Espero que este Jornal faça uma reportagem sobre a recuperação da BR-174, pois o asfalto que está sendo colocado, conforme informação dos trabalhadores, não passa de 8 milímetros, o que nos leva a crê que não durará nem um ano e mais uma vez o dinheiro do povo estará indo pelo ralo". Oliveira Jr. ASSESSORIA Alô, Rui Figueiredo. O e-mail do Fontebrasil é [email protected] não custa nada autorizar os jornalistas da Comunicação mandar releases para o site do mesmo modo como manda para outros veículos. Daqui, o pedido já foi feito em três ocasiões e até agora, nada. CARAPUÇA O presidente do STF, Nelson Jobim, criticou ontem a morosidade e o isolamento dos tribunais brasileiros e a vaidade dos juízes que utilizam o Judiciário "para seu próprio deleite e sua própria biografia". As críticas foram feitas durante discurso de abertura do ano Judiciário, que ocorreu ontem na sede do STF, em Brasília. "A questão é saber se queremos fazer isso [melhorar o Judiciário] ou se desejamos exclusivamente nos servir do sistema judiciário para o nosso deleite, para o nosso orgulho e para nossa biografia". A carapuça não serve para ninguém de Roraima. Não temos juízes vaidosos e muito menos quem use o Judiciário para tratar de questões pessoais, como pendurar cônjugues em cabides de empregos públicos, não é? MACACO SIMÃO: "E o que será que o Michael Jackson vai alegar pro juiz? 1) O carinha só tinha nove anos, senhor juiz? Mas ele me disse que tinha dez! 2) Eu, comer garoto? Nunca, sou patrocinado pela Nestlé. 3) Eu juro que era o Harry Potter. 4) Só me entrego se for na Febem. Rarará". CLÁUDIO HUMBERTO: "Um estado chamado Sarney. - Os adversários da família Sarney, no Maranhão, reclamam à toa. Afinal, maranhense já nasce na Maternidade Marly Sarney, depois estuda na escolas Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney, faz pesquisa na Biblioteca José Sarney, consulta-se no Posto de Saúde Marly Sarney, mora numa das vilas Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou Roseana Sarney, lê notícias no jornal da família, vê a TV do clã, ouve as 35 rádios (AM e FM) do grupo no Estado e, se quiser saber das contas públicas, vai ao Tribunal de Contas, cujo prédio foi batizado de Roseana Sarney. Para transitar em São Luís, atravessa a ponte José Sarney, trafega na av. José Sarney e parte da rodoviária Kiola Sarney. Se achar pouco, ainda pode morar no município José Sarney. Se não gostar, queixa-se no Fórum José Sarney ou na Sala de Imprensa Marly Sarney. E ainda tem direito de recorrer à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney".
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