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Roraima previne Ferrugem Asiática
Preocupada em realizar ações preventivas a existência da ferrugem asiática em Roraima a Secretaria Estadual de Agricultura trouxe o pesquisador, Paulo Tadashi, da Embrapa Soja, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Preocupada em realizar ações preventivas a existência da ferrugem asiática em Roraima a Secretaria Estadual de Agricultura trouxe o pesquisador, Paulo Tadashi, da Embrapa Soja, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os pesquisadores, técnicos e produtores visitaram ontem, dia 01, as fazendas dos produtores Luiz Faccio e Paulo Tanaka e, hoje pela manhã, o Campo Experimental Monte Cristo da Embrapa Roraima. Na tarde hoje, dia 2, o pesquisador reuniu-se com o chefe geral da Embrapa Roraima, Antônio Carlos Cordeiro, com intuito de viabilizar ações de pesquisa em conjunto para evitar a chegada da doença nas lavouras do Estado. Ás 17h30, Paulo Tadashi ministra palestra no auditório da Secretaria Estadual de Agricultura sobre a biologia e o controle da ferrugem asiática na cultura. As lavouras e experimentos de soja são visitados com objetivo monitorar a incidência da doença no Estado, ainda não constatada nas lavouras de Roraima, segundo diagnóstico dos pesquisadores de fitopatologia da unidade local da Embrapa. No Brasil, já são 13 estados (MT, PR, RS, MA, GO, MS, MG, SP, SC, DF, TO, RO e BA) e 333 municípios onde há a presença do fungo causador da doença. A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, foi constatada pela primeira vez no Brasil na safra 2001/02 e rapidamente espalhou-se pelas principais regiões produtoras, em função da eficiente disseminação pelo vento. O principal sintoma é o aparecimento de manchas que leva a queda precoce das folhas impedindo a formação completa dos grãos. O monitoramento constante permite que o agricultor faça o controle da doença com fungicidas, no momento certo, explica Tadashi. Para monitorar é preciso reconhecer a doença que é facilmente confundida com outras, como o crestamento bacteriano, o mildio e a mancha parda ou septoria. O sintoma da ferrugem e visível na parte inferior da folha, que apresenta pontos salientes castanho-ferrugem. A visualização e facilitada com o auxílio de uma lupa de aumento. O tratamento pode ser feito com fungicidas recomendados disponíveis no mercado. A aplicação deve ser feita preventivamente quando constatado em área próximas, ou quando surgirem os primeiros sintomas. O levantamento da Embrapa Soja(Londrina-PR) concluiu que o país deixou de produzir 4,5 milhões de toneladas do grão na safra passada, em decorrência da ferrugem. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o desenvolvimento de cultivares resistentes tem sido dificultado pela variabilidade genética do fungo. Na safra 2001/02, cultivares que haviam sido selecionados com resistência completa tiveram sua resistência quebrada com isolados do fungo provenientes do Mato Grosso. Na ausência de cultivares resistentes, medidas de manejo como a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada, monitoramento constante da lavoura associado ao controle químico com fungicidas têm sido recomendadas para diminuir os danos que essa doença pode causar. A aplicação do fungicida deve ser feita após os sintomas iniciais da doença na lavoura ou na região ou preventivamente. A decisão sobre o momento de aplicação (sintomas iniciais ou preventiva) deve ser técnica, levando em conta os fatores necessários para o aparecimento da ferrugem (presença do fungo na região, idade das plantas e condição climática favorável), a logística de aplicação (disponibilidade de equipamentos e tamanho da propriedade), a presença de outras doenças e o custo do controle. O atraso na aplicação, após constatados os sintomas iniciais, pode acarretar em redução de produtividade, caso as condições climáticas favoreçam o progresso da doença. O número e a necessidade de re-aplicações vão ser determinados pelo estádio em que for identificada a doença na lavoura e pelo período residual dos produtos. Nesta safra, o MAPA está coordenando um projeto de manejo integrado da ferrugem asiática da soja denominado Consórcio Anti-Ferrugem, que conta com a participação da Embrapa, inclusive a unidade local, fundações de apoio à pesquisa, empresas estaduais de pesquisa, de transferência de tecnologias, cooperativas, universidades e da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), entre outras empresas.
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