A cinco meses do fim do mandato, o procurador-geral da República, Claudio Fonteles, disse que vai deixar o cargo no dia 30 de junho e voltar a atuar na base. Depois de comandar o "exército" do Ministério Público, agora ele afirma querer voltar a ser "soldado".

Folha de S. Paulo A cinco meses do fim do mandato, o procurador-geral da República, Claudio Fonteles, disse que vai deixar o cargo no dia 30 de junho e voltar a atuar na base. Depois de comandar o "exército" do Ministério Público, agora ele afirma querer voltar a ser "soldado". "Gosto muito de ser procurador da República, mas a liderança tem que ser dada a outro. Vou voltar a ser soldado, até seguindo minha orientação franciscana", disse o procurador-geral. Fonteles assumiu o cargo em 2003, substituindo Geraldo Brindeiro que, por quatro vezes, foi reconduzido pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Brindeiro foi duramente criticado por ter arquivado processos importantes durante sua gestão, o que fez valer o apelido de "engavetador-geral". Durante sabatina no Senado, Fonteles já havia dito que sua intenção era permanecer apenas um mandato no cargo. "É altamente democrático, o rodízio. Vou manter minha coerência", afirmou. Fonteles disse que nem mesmo um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o nomeou em 2003, o faria mudar de idéia. (IURI DANTAS)