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Roubo do cofre - Dois anos depois autoridades e acusados evitam falar sobre o assunto

O secretário de Segurança, João Fagundes, o presidente da Câmara Munciipal de Boa Vista, Zé Reinaldo e os deputados Flávio Chaves e Marcos da Byte atuam em frentes e alas diferentes. Mas têm entre si uma posição comum: evitam falar sobre o roubo do cofre da CMBV. Era de se esperar que a Polícia Civil tivesse interesse em apresentar o caso solucionado, é para isso que ela existe. Para combater crimes. Zé Reinaldo começa mal a sua adminsitração evitando tocar em assunto tão escabroso como vergonhoso para aquele poder. E os deputados Flá vio Chaves e Marcos da Byte, acusados de envolvimento no roubo do cofre pregam o contrário do "quem não deve, não teme", evitando também o assunto.

Por Daniella Assunção "Onde está o dinheiro, o gato comeu, o gato comeu...que ninguém viu, o gato fugiu, o gato fugiu". Em tempos de carnaval a música da Gal Costa, soa bem ao andamento do processo sobre roubo do cofre da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), que está em poder do Tribunal de Justiça (TJ). De acordo com o ex-secretário de segurança, Francisco Sá Cavalcante, em entrevista ao Fontebrasil, em setembro passado, as investigações haviam sido concluídas e encaminhadas ao TJ, e por envolverem parlamentares, tramitavam em sigilo. Na Secretaria de Segurança Pública (Seseg) ninguém fala sobre o assunto. O Fontebrasil desde ontem (27), tentou ouvir o secretário da Seseg, João Batista Fagundes, sem êxito. Sua assessora de comunicação, até chegou a agendar uma entrevista para hoje (28) às 10 horas, mas após ser informado do assunto, João Fagundes desistiu. Foi feito então um contato por telefone com a Câmara Municipal, através da assessoria de comunicação, para saber se o presidente da Câmara, vereador Zé Reinaldo, deixaria a sua gestão terminar, sem apresentar para a sociedade, os nomes dos envolvidos. O jornalista Francisco Cândido ficou de procurar Zé Reinaldo, para lhe passar o assunto e retornar a ligação, mas até o encerramento desta matéria, nenhum dos dois respondeu à ligação. Novo contato foi feito com o presidente da CMBV, dessa vez, em seu gabinete. Sua chefa de gabinete, senhora Ivone, pediu para repassar-lhe às informações e ligar em seguida, novamente Zé Reinaldo não deu retorno. ACUSADOS Procuramos então os deputados Flavio Chaves e Marcos da Byte, acusados de suposto envolvimento no roubo do cofre para saber o que pensam sobre o processo e se defendem que o memso ao contrário de correr sob sigilo de justiça, seja aberto ao público por se tratar de rou de patrimônio público com dinheiro público dentro. No gabinete de Flavio Chaves, a assessora parlamentar, Indira Paracat, informou que iria entrar em contato com o deputado e retornaria a ligação, o que não ocorreu. No gabinete do Marcos da Byte, ninguém atendeu a ligação. OAB O único que se dispôs a falar foi o presidente da OAB/RR, Antonio Oneildo, e, segundo ele, uma vez concluída as investigações, não têm porque ainda estar em segredo de justiça. "Eu só acho pertinente o sigilo, enquanto estiver em processo de investigação na Polícia uma vez concluída deve sim, se tornar ao conhecimento da sociedade. Até porque se trata de um erário público e nesse caso, não tem porque estar tramitando em segredo de justiça. O sigilo só se aplica em casos de família, por envolver a questão da intimidade da pessoa". Os deputados Flavio Chaves e Marcos Sampaio (BYTE) acusam-se mutuamente. O Fontebrasil questionou ao presidente da OAB, se um político envolvido em um processo criminal, tem o direito que o seu processo tramite em sigilo. Oneildo discorda. "O que anda sendo veiculado na imprensa, envolvendo os nomes desses deputados, por enquanto, são especulações. Mas respondendo a pergunta do site, políticos envolvidos em processos criminais, não têm direito ao segredo de justiça, isso está previsto na lei" informou.
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