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Senso Crítico - Roubo do cofre uni incompetência e lentidão de autoridades

Engraçado esse termo "segredo de justiça" principalmente quando se trata de assunto público (o cofre é do patrimônio da Câmara), envolvendo a suposta participação de agentes públicos (ex-vereadores) e com prejuízo ao patrimônio e economia pública (havia dinheiro público dentro do cofre roubado). E isso tudo corre a sete chaves. Pode?

Edersen Lima, Editor Brasília - Não foi um. Foram quatro cofres encontrados mergulhados no rio Cauamé ou nas redondezas. Uma espécie de cemitério de cofres. Povo inteligente esse. Prefere jogar no rio o velho cofre do que vendê-lo para o ferro-velho. Mas, vários cofre juntos... Coincidência? Pode ser. Como coincidência também tem sido a junção de incompetência e lentidão por parte da Polícia Civil e da Justiça em solucionar o caso do roubo do cofre da Câmara de Vereadores de Boa Vista. Dois ex-vereadores, agora deputados estaduais, Flávio Chaves e Marcos da Byte tiveram seus nomes acusados de envolvimento no roubo. Ambos juram de pés juntos que nada têm a ver com o caso. As investigações para apurar os criminosos foram conturbadas. Chaves e Byte pertenciam à base aliada do governo Flamarion. Como o governo Flamarion teve sua passagem marcada de forma especial com o trato à prevaricação, fisiologismo e corrupção... Fica até fácil acreditar que à época das investigações o Palácio Hélio Campos exigiu seriedade e rapidez na solução do caso. A Polícia, segundo o ex-secretário Sá Cavalcante, já havia concluído inquérito com os nomes dos suspeitos de comandarem o roubo constando no documento, porém nada podia falar porque o processo corre em sigilo de Justiça. Vale lembrar que a informação dos nomes citados como envolvidos partiu de vereadores. Por falar nisso. Um, Ivo Catanhede, em 2003 prometeu dar nome aos gatunos que "deletaram" o cofre. Não sei por que mudou de idéia. Mas um que promete e não cumpre. Engraçado esse termo "segredo de justiça" principalmente quando se trata de assunto público (o cofre é do patrimônio da Câmara, portanto, público), envolvendo a suposta participação de agentes públicos (ex-vereadores) e com prejuízo ao patrimônio e economia pública (havia dinheiro público dentro do cofre roubado). E isso tudo corre a sete chaves. Pode? O novo secretário de Segurança, João Fagundes, deve conhecer a situação. Terá ele alguma novidade sobre o caso? Na Justiça, depois de meses que o inquérito foi entregue, vive-se a desculpa do recesso forense. Será que ainda em fevereiro quando retornar aos trabalhos a Justiça terá alguma novidade sobre o caso? Ou Será que coincidências, incompetências e leniências é que continuaram a dar o tom do roubo do cofre da Câmara? Aposto na terceira hipótese.
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