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NAS TVs - Teresa gasta com única publicidade equivalente a 10 mil litros de leite

O fato é que Teresa Jucá é useira e vezeira em não responder questões, digamos, intrigantes, não dando bola nem para quem votou nela. Quer vê um exemplo: Prefeita a senhora prefere morar em Boa Vista ou em Brasília? Por que a senhora montou um negócio em um shopping em Recife e nenhum em Boa Vista? Todos os seus assessores contratados em Brasília dão expediente como todo servidor público tem a obrigação de dar? Quem aposta que Teresa irá responder essas perguntas?

Edersen Lima, Editor Brasília - A prefeita Teresa Jucá passou o fim de semana inteiro exibindo nas TVs comunicado de que está processando dois veículos de comunicação. As críticas e comentários sobre o aumento de seu salário para mais de R$ 15 mil irritaram a prefeita. O custo da indignação exibida dava para comprar 10 mil (dez mil) litros de leite para crianças carentes, ou distribuir 230 cestas básicas, ou um novo e completo acervo de peças para os anjinhos do Projeto Crescer, ou ainda, construir três casas populares em sistema de mutirão. Como são os impostos arrecadados que bancam as propagandas da prefeita, a conta disso tudo é você, amigo leitor e contribuinte, quem paga. Não sei se alguém foi informado durante as eleições que Teresa passaria a ganhar mais de R$ 15 mil. Também não sei se algum cidadão boa-vistense foi consultado para saber se topava patrocinar esse tipo de publicidade. Acho que quem votou na prefeita, votou para ela resolver inúmeros problemas da cidade e não para gastar dinheiro público em propagandas ameaçadoras que não contribuem em nada na sua administração. Aliás, acho mais. Acho que ninguém votou em Teresa para ela processar jornalistas e veículos de comunicação e sim, para, nesses casos, responder e esclarecer dúvidas da sociedade e críticas levantadas pela imprensa. Agindo assim, com ameaças e processos judiciais Teresa deixa borrar a maquiagem de indefesa para assumir feições da Rainha de Copas, de "Alice no País das Maravilhas", que mandava cortar a cabeça de quem a contrariasse. Ainda aliás, Teresa junto com Romero Jucá formam a dupla de políticos campeã de processos judiciais abertos contra jornalistas. Há não muito tempo, Romero processava jornalista só pelas considerações de "moço" e de "filhote da ditadura"; de lembrá-lo que foi o único político de Roraima citado na CPI do Orçamento, aquela que cassou os anões e de que tinha em sua cota uma "teúda e manteúda". Alô Sinjoper, isso é caso de ficar entre a cruz ou a espada? O fato é que Teresa é useira e vezeira em não responder questões, digamos, intrigantes, não dando bola nem para quem votou nela. Quer vê um exemplo: Prefeita a senhora prefere morar em Boa Vista ou em Brasília? Por que a senhora montou um negócio em um shopping em Recife e nenhum em Boa Vista? Todos os seus assessores contratados em Brasília dão expediente como todo servidor público tem a obrigação de dar? Quem aposta que Teresa irá responder essas perguntas? Na propaganda deste fim de semana, a prefeita se diz vítima de perseguição política por parte desses dois veículos de comunicação. O momento é interessante e oportuno para que a prefeita reflita sobre o papel, a linha editorial da TV Caburaí. A quem ela serve? Como serve? E como foi constituída? Pelo o que as revistas Veja e IstoÉ já publicaram, a Caburaí nasceu de um desvio de equipamentos comprados pelo governo do Território Federal de Roraima à época em que Romero Jucá era governador biônico - outra lembrança que ele não gosta e que um incorruptível jornalista sempre o lembrava, não é?- tornando depois gerente da Fundação Roraima, "dona" da TV. O CGC da tal Fundação Roraima era o mesmo do ex-território. Pode? Se Teresa Jucá e outras autoridades tão ou menos frágeis encarassem as críticas feitas por jornalistas como uma reflexão para seus atos, muito em custos públicos, em dinheiro do contribuinte seria economizado e melhor investido. Nesse caso propriamente, mais prático e inteligente seria Teresa esclarecer a população respondendo as críticas; comprar leite para crianças, distribuir cestas básicas ou construir casas em mutirão ao invés de gastar com propaganda chata e mal redigida. Que tal perguntar isso para quem arca com a conta, o contribuinte? VEJA ABAIXO REPORTAGEM DA REVISTA VEJA SOBRE A TV CABURAÍ
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