A saúde do rio Branco, em geral, vai bem. Mas o risco de poluição, ocasionado pelo aumento desordenado de ligações clandestinas nas redes de esgotos, aquelas cuja ligação é feita diretamente nas galerias de águas pluviais da cidade, é preocupante.

A saúde do rio Branco, em geral, vai bem. Mas o risco de poluição, ocasionado pelo aumento desordenado de ligações clandestinas nas redes de esgotos, aquelas cuja ligação é feita diretamente nas galerias de águas pluviais da cidade, é preocupante. Mesmo sendo repetida incessavelmente nos veículos de comunicação e nos seminários de política ambiental, porque a água doce é um bem escasso; a maioria da população ainda não se conscientizou da sua grande responsabilidade em relação à degradação das águas dos rios e igarapés, sendo, portanto, a maior causadora de poluição e destruição da natureza. O bom funcionamento das redes de esgotos, além da balneabilidade das praias, é também um dos itens fundamentais para a melhoria da qualidade de vida da população. Os efeitos da poluição nos rios são desastrosos. Se um rio é contaminado, a população inteira sofre as conseqüências, pior ainda, se este rio que for poluído, estiver completamente morto, para efetuar a despoluição é gasto muito dinheiro, tempo e ainda por cima, uma enorme quantidade de água. Ainda tem a problemática da impermeabilização do solo causada pelo asfalto e pelo cimento, dificultando a infiltração da água da chuva e impedindo a recarga dos lençóis freáticos. Problemática dos esgotos O rio Branco está em constante ameaça, são lançados diariamente 70 mil litros de dejetos humanos, causando assim, um fenômeno chamado, eutrofização das águas. Devido essa eutrofização por esgotos humanos, os igarapés e córregos cruzam a cidade de Boa Vista, estão tendo sua fauna e flora, destruídas, tornando-se esgotos a céu aberto. Com esse lançamento de esgotos nos rios, tem aumentando consideravelmente, a quantidade de nutrientes disponíveis nesses ambientes, possibilitando a grande proliferação de bactérias aeróbicas, que consomem todo o oxigênio existente na água, ocasionando doenças causadas por vírus, bactérias e vermes, chamadas de doenças de veiculação hídrica, ou seja, estão relacionadas à água, como diarréia e verminoses, e , segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, são responsáveis por cerca de 85%, das internações no Brasil, sem contar que cada real investido m saneamento, poupa quatro em gastos com a saúde. Solução do problema Além da conscientização da própria população, seria necessário uma operação de tamponamento com a parceria de órgãos municipais e estaduais, como Vigilância Sanitária, Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER), Secretaria Municipal de Obras Urbanismo (SEMOU), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), para uma identificação dos imóveis que têm ligação irregular. De acordo com Art. 54 da Lei 9.605/98, causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou ainda, a destruição significativa da flora: a pena é reclusão, de um a quatro anos, e multa de R$ 1.000 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), ou multa diária. CAER Segundo o assessor de imprensa da Companhia de Água e Esgotos de Roraima, Dagmar Ramalho, a CAER já vem fazendo uma campanha de conscientização da população diariamente na rádio Roraima e nos demais veículos de comunicação. "Nós disponibilizamos inclusive, técnicos com ida até o local, onde o dono do imóvel, queira fazer sua ligação. Disponibilizamos também, o número 0800-280-9520 (ligação grátis), de segunda a segunda, 24horas, para esclarecermos qualquer dúvida, não só quanto o procedimento a ser adotado nas ligações sanitárias, mas para outros serviços relacionados a CAER".