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Ottomar quer federalizar a CER

O governador Ottomar Pinto anunciou agora, em Brasília, a sua disposição de federalizar os serviços da Companhia Energética de Roraima (CER), diante do alto custo que a empresa representa para os cofres públicos do Estado, com o fornecimento da chamada energia social para os municípios roraimenses. A informação foi dada por Ottomar Pinto ao Fontebrasil à saída de uma audiência com a Diretoria Colegiada da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, onde esteve para discutir os valores de uma multa arbitrada pela agência contra a CER.

O governador Ottomar Pinto anunciou agora, em Brasília, a sua disposição de federalizar os serviços da Companhia Energética de Roraima (CER), diante do alto custo que a empresa representa para os cofres públicos do Estado, com o fornecimento da chamada energia social para os municípios roraimenses. A informação foi dada por Ottomar Pinto ao Fontebrasil à saída de uma audiência com a Diretoria Colegiada da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, onde esteve para discutir os valores de uma multa arbitrada pela agência contra a CER. Segundo levantamentos preliminares que determinou tão logo assumiu o governo, o governador Ottomar Pinto descobriu que a CER "é um órgão inviável, quase falido", em decorrência do alto custo para o seu funcionamento. "A CER tem um custo mensal de R$ 5 milhões, para uma receita de pouco mais de R$ 300 mil, situação que a torna praticamente impossível de existir como empresa, para prestar um serviço público da maior importância para as famílias de baixa renda, no caso o fornecimento de energia elétrica", disse Ottomar Pinto. FEDERALIZAR Ottomar Pinto está disposto a federalizar a CER a exemplo do que ocorreu no Amazonas, com a Companhia de Energia do Amazonas (CEAM), que foi federalizada no final de 2002. "Ao que parece, a situação do fornecimento de energia no interior do Amazonas está sob controle, apesar dos problemas de sucateamento dos geradores", constatou Ottomar. Segundo ele, no caso de Roraima, a CER além da energia provinda da hidrelétrica do Jatapu, ainda contratou um fornecedor privado de energia, em Baliza, ao custo de R$ 400 mil "só com o fornecimento de óleo diesel para os geradores". Na sua opinião, essa situação complicou mais ainda a vida financeira da CER. "Temos que encontrar uma solução para esse impasse, e ela no indica a sua federalização", disse Ottomar Pinto. Nos próximos dias, o presidente da CER começará a preparar relatórios e a documentação, necessários à federalização da empresa para serem entregues à ministra Dilma Rousset, das Minas e Energia. "A federalização da CER é o caminho", avisou o presidente da empresa, que também participou da audiência na ANEEL. GOVERNO O governador Ottomar Pinto está em Brasília para sucessivas reuniões com o relator geral do Orçamento da União, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para discutir os cortes nas emendas parlamentares de Roraima. "Precisamos ver se esses cortes não atingirão de morte os interesses de Roraima", ponderou Ottomar. É que em virtude da necessidade de recompor o Orçamento Geral da União para 2005 diante do aumento do salário mínimo para R$ 300 e a alteração na tabela de desconto do Imposto de Renda, que deverão representar um custo à União da ordem de R$ 5 bilhões. Com isso, o relator do orçamento está propondo corte nas emendas parlamentares para que possa fechar o orçamento. Ototmar se reúne esta tarde com a bancada federal de Roraima.
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