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Frankembergen quer assentamentos em Roraima
O deputado Pastor Frankembergen (PTB-RR) defendeu que a ocupação da Amazônia comece por Roraima. Para tanto, sugeriu ao Governo Lula que assente, em curto prazo, 40 mil famílias em terras roraimenses. "Elas ajudarão o Brasil a concretizar, num futuro próximo, a condição de celeiro do mundo", afirmou. Para o deputado, investir e concentrar esforços nas regiões menos desenvolvidas do País pode resolver não só a questão agrária, mas também a da desigualdade regional.

O deputado Pastor Frankembergen (PTB-RR) defendeu que a ocupação da Amazônia comece por Roraima. Para tanto, sugeriu ao Governo Lula que assente, em curto prazo, 40 mil famílias em terras roraimenses. "Elas ajudarão o Brasil a concretizar, num futuro próximo, a condição de celeiro do mundo", afirmou. Para o deputado, investir e concentrar esforços nas regiões menos desenvolvidas do País pode resolver não só a questão agrária, mas também a da desigualdade regional. "A considerar alguns números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a retomada dos investimentos em nosso País aponta para piorar a concentração de renda em determinadas regiões já privilegiadas, aumentando a distância entre os dois brasis", disse. O deputado argumentou que essa situação não será alterada se não houver uma intervenção do Poder Público. Como podemos observar, as decisões e as intenções dos que detêm o poder econômico, principalmente os investimentos industriais, não sugerem novas frentes de trabalho e realizações, ao contrário, sugerem sua permanência nos locais onde os níveis de concentração econômica já foram estabelecidos", disse. Com relação a Roraima, o parlamentar informou que o estado já possui área demarcada e capacitada para receber 20 mil trabalhadores sem terra, sendo que cada colono receberia um módulo mínimo de 60 hectares. Segundo o deputado, há quilômetros de estradas vicinais implantadas e, na região, já existem escolas rurais, postos de saúde, galpões comunitários e outras benfeitorias necessárias ao mínimo de conforto e dignidade aos assentados. "Temos ainda outras áreas, que superam 1,5 milhão de hectares, constituídas de terras devolutas da União propícias à agricultura. Trata-se de terra livre, isenta de desapropriação", registrou. Parcos recursos, segundo Frankembergen, hoje na ordem de R$ 350 milhões, viabilizariam o assentamento imediato desses 20 mil trabalhadores rurais sem terra, gerando emprego e renda tão almejados. "O que são R$ 350 milhões diante dos R$ 25 bilhões de gastos em assentamentos durante os anos de 1995 a 2002?", indagou. Ele afirmou ainda que a grandeza do projeto possibilitaria a ocupação racional da Amazônia, além da transformação em realidade da reforma agrária em solo brasileiro. O deputado encerrou afirmando que o governo federal tem o compromisso de atender aos trabalhadores rurais, já que a terra é disponível e devoluta no Norte. "Temos de sobra, em toda aquela região, tudo o que almejam quaisquer trabalhadores ou empreendedores e investidores, além do homem certo para viabilizar tal projeto".
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