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Os exemplos de Flamarion Portela

Flamarion não governou de forma "clara e cristalina" como prometeu. Até hoje, nos restaurantes, em reuniões e festas familiares, nos gabinetes de repartições públicas, nas salas do Palácio Hélio Campos e nas redações dos jornais, ninguém sabe, desconfia-se, de onde vem o dinheiro que ele paga caros e célebres advogados em Brasília, nos processos no STJ e na condenação que sofreu no TSE.

Edersen Lima, Editor Quando assumiu o governo, em abril de 2002, Flamarion Portela prometia resgatar a dignidade das pessoas, acabar com o que houvesse de errado na administração estadual e governar de forma "clara e cristalina". Durante a campanha eleitoral daquele ano, o amigo leitor, deve lembrar daquele gesto histórico, marcante do governador, com a palma da mão aberta próxima ao rosto onde afirmava: "Esta mão não é para demitir. É para gerar empregos". Ainda naquela campanha, Flamarion foi atacado sem pena e sem dó por Ottomar Pinto e seus principais aliados, Teresa e Romero Jucá. Romero chegou, inclusive, a questionar o grau de masculinidade do governador. Esteve presente nos palanques de Ottomar fazendo coro contra a reeleição de Flamarion, que seria, segundo suas palavras, a continuidade do incompetente e corrupto governo de Neudo Campos. O tempo mostrou o contrário. Aliás, o tempo mostrou tudo ao contrário do que pregou, prometeu, fez e compôs o candidato Flamarion Portela. Ele não resgatou a cidadania das pessoas. Criou e mantém uma mesada irrisória chamada Vale-Alimentação (R$ 60) que atende, segundo a Setrabes, 50 mil famílias. Se, de acordo com o IBGE, a média em cada família roraimense é de quatro pessoas, então, o VA atende 200 mil moradores do estado? Flamarion não acabou com o que havia de errado na administração estadual. Ocorreu o surgimento de outros viciados, sanguessugas dos cofres públicos e, eticamente questionável, manteve o irmão como um dos campeões de licitações vencidas. Pode? Flamarion não governou de forma "clara e cristalina" como prometeu. Até hoje, nos restaurantes, em reuniões e festas familiares, nos gabinetes de repartições públicas, nas salas do Palácio Hélio Campos e nas redações dos jornais, ninguém sabe, desconfia-se, de onde vem o dinheiro que ele paga caros e célebres advogados em Brasília, nos processos no STJ - desvio de dinheiro público - e na condenação (cassação) que sofreu no TSE. Como Flamarion paga essa conta, constitui-se em forma escura e opaca. E não me venha, amigo leitor, questionar o por quê de Ottomar Pinto também não prestar a informação de como paga os seus também caros advogados. Não foi Ottomar que foi eleito para prestar contas de seus atos. Foi Flamarion Portela, o eleito para governar de forma "clara e cristalina" sem escamotear fatos. Há exatos dois anos, Flamarion sofria ataques de Romero e Teresa Jucá. Hoje, segue à risca a nova cartilha. Afastou-se até de aliados históricos, que juntos, seguraram a barra mais pesada que ele enfrentou. Foi o articulador principal da aliança do PT com Teresa, e só lamenta não ter sido convidado por ela para subir no seu palanque eleitoral. Em dois anos - só dois anos - Roraima assistiu um espetáculo de bravatas, de promessas temporãs (oportunistas) e de ações contrárias ao prometido. Como pedir da sociedade, - mais um - voto de confiança diante de tão claro e cristalino exemplo? P.S: Mas a responsabilidade pelo atos de Flamarion Portela é de quem lhe deu o voto na eleição de 2002.
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