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OPINIÃO FORMADA - E aí, MPE?
Então, para obrigar que o governo realizasse concurso público de forma atrapalhada e tosca pode. Não pode é obrigar que o concurso seja cumprido como manda a lei. Enquanto isso, o PT, na figura do deputado Titonho Beserra, apresenta lei que vai empregar gente de confiança, não é?

Por Edersen Lima REFLEXÃO De quem é a responsabilidade pelos maus governos, o governante de plantão ou quem o colocou ali para executar mal a sua missão? Criticar a incompetência ou a leviandade de um governador, por exemplo, é fácil, até faz parte do contexto, mas se formos analisar bem essa questão teremos que vestir a carapuça da responsabilidade pelo serviço mal feito, pelos rombos em cofres públicos e pelos enriquecimentos ilícitos, fatos comuns de um governo ruim. Dessa forma, antes de reclamar e mal-dizer o "pobre" governante ou deputado, ou vereador ou senador, o responsável pelo seu mandato, você eleitor, tem que reflitir bem antes de colocar raposas em galinheiro, relés expectadores em plenários e incompetentes em gabinetes que depois só vão lembrar de fazer alguma coisa - até aquela visitinha na sua casa - daqui a mais quatro anos. Toda eleição em que o governante ou o parlamentar concorrer no cargo é uma (re)eleição de referendo se vale a pena ou não mantê-lo empregado, isso é regra geral, não é nenhum caso sui generis. Determinar que as coisas continuem como estão cabe somente a você, eleitor, decidir. E AÍ, MPE? Semana passada os operosos deputados estaduais roraimense se engalfinharam sobre o projeto de lei que criará 1.330 cargos comissionados - o que irá gerar, por baixo, 600 novos filiados no PT -, e se houve ou não quebra do regimento na análise da proposta. A contratação de pessoas aprovados no concurso pública e o aproveitamente daqueles que passaram e já estão trabalhando sequer foi comentada. E aí Ministério Público Estadual, não foi o órgão que obrigou que o governo realizasse concurso público? Por que não obriga que quem estudou, pagou a taxa de inscrição e merecidamente passou no concurso seja, então, aproveitado nessa bocada? E AÍ, MPE? 2 Então, para obrigar que o governo realizasse concurso público de forma atrapalhada e tosca pode. Não pode é obrigar que o concurso seja cumprido como manda a lei. Enquanto isso, o PT, na figura do deputado Titonho Beserra, apresenta lei que vai empregar gente de confiança, não é? E AÍ, MPE? 3 Bons tempos aqueles dos paladinos Edson Damas e Ulisses Moroni. Podiam até pecar por excessos, mas nunca por omissão. Hoje, o ar condicionado, o conforto de poltronas, a diplomacia e a atualização profissional em cursos e livros é que falam mais alto. DOUTOR O roraimense Esdras Neves Almeida, juiz titular do TJDF, conquistou o grau de Doutor em Direito ao defender e ter aprovada, em Banca da Universidade Federal de Pernambuco, a tese "O Mito da Prestação Jurisdicional pelos Tribunais Superiores Brasileiros". VENDAVAL Neste último sábado, dia 18, um vendaval atingiu o Bairro União por cerca de 15 minutos. Telhas de casas do bairro e da Faculdade Atual da Amazônia voaram por todas as partes. Ninguém ficou ferido, mas o susto foi grande. A Faculdade Atual não calculou os prejuízos, nem qual foi a área atingida, isso porque a parte destruída começou a ser recuperada logo após a ventania. Alunos, professores e colaboradores lotaram o local e fizeram uma espécie de mutirão para ajudar. O trabalho foi tanto que nesta terça-feira, 21, as atividades letivas e administrativas já voltarão ao normal. A Faculdade conta com seguro total de suas instalações que cobrirá todos os gastos gerados. ESTUDOS Pesquisa do Ministério do Trabalho mostra que, entre julho de 2003 e julho deste ano, 98% das vagas oferecidas nas seis maiores regiões metropolitanas foram ocupadas por pessoas com 11 anos ou mais de estudo, ou seja, pelo menos o ensino médio completo. EMAILS ABERTOS Com menos de uma hora de veiculação, a Senso Crítico de hoje (20) - que aborda o motivo pelo qual R$ 6 milhões deixam de circular em Boa Vista - recebeu elogios e comentários irados com o teor do texto. "A PMBV tem que seguir regras, e há regras nas licitações públicas que não se pode restringir ou proibir participação de empresas de fora", argumentou Flávio Silva. "Tem que contratar empresas de fora, mesmo, pois aqui não tem empresas competentes que saibam fazer direito o serviço", defendeu Robério Gomes. "O problema é que as firmas locais não cumprem o que manda os contratos, sempre encontram um meio de burlar o serviço que têm que prestar", comentou a leitora que só assinou, Andrezza. ENQUETE A partir de amanhã (21) o Fontebrasil coloca no ar a segunda enquete sobre a tendência de voto para a Prefeitura de Boa Vista.
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