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Graziano: ação contra fome poderá dobrar investimento
Durante um ano, representantes do Brasil, Espanha, França e Chile estudaram mecanismos para criar uma ação internacional que dê impulso ao combate à fome e à pobreza no mundo. O resultado desse estudo será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em Nova Iorque, no próximo dia 20. O documento sugere, por exemplo, a cobrança de taxas sobre operações financeiras internacionais e o comércio de armas global.

Redação Terra (www.terra.com.br) Durante um ano, representantes do Brasil, Espanha, França e Chile estudaram mecanismos para criar uma ação internacional que dê impulso ao combate à fome e à pobreza no mundo. O resultado desse estudo será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em Nova Iorque, no próximo dia 20. O documento sugere, por exemplo, a cobrança de taxas sobre operações financeiras internacionais e o comércio de armas global. Pelos cálculos do assessor especial da presidência da República José Graziano, esses recursos dobrariam o total gasto hoje em cooperação internacional, acrescentando US$ 50 bilhões de dólares por ano a esse montante. "Cem países já demonstraram intenção de subscrever um acordo internacional nesse sentido. Para isso, serão necessárias algumas mudanças nas legislações internas", prevê Graziano. "A nossa expectativa é que a proposta seja acolhida. Até porque o grupo que elaborou a proposta consultou todos os interessados em colaborar com sugestões". De acordo com o assessor, o Brasil irá contribuir para o fundo. O valor da contribuição, no entanto, ainda não foi definido. Dependerá dos termos do acordo internacional. "O Brasil não será um dos beneficiados por esse fundo. O presidente Lula está preocupado com aqueles países que não têm recursos para combater a fome", ressalta Graziano. "O Brasil não só tem recursos como conta com uma produção de alimentos capaz de alimentar duas a três vezes sua população. Uma prova disso é o Fome Zero, que já beneficia 5 milhões de famílias pela Bolsa Família". Fonte: Foto de Wilson Dias/ABr
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