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CRÉDITO - BNDES tem R$ 1,3 bi para microempresas
As empresas interessadas na linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para capital de giro já podem apresentar pedidos às instituições financeiras ou diretamente ao banco estatal.

As empresas interessadas na linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para capital de giro já podem apresentar pedidos às instituições financeiras ou diretamente ao banco estatal. O financiamento faz parte do Progepem (Programa de Geração de Produção e Emprego), anunciado pelo governo federal, aprovado pelo Conselho de Administração do BNDES e se destina a empresas com capacidade ociosa de produção que necessitem de capital de giro. Para as micros, pequenas e médias empresas serão destinados R$ 1,3 bilhão. De acordo com o BNDES, os financiamentos desse segmento serão destinados para os empreendimentos localizados em APLs (Arranjos Produtivos Locais), que são aglomerados de empresas que integram uma mesma cadeia produtiva em uma determinada região, divulgou a Agência Sebrae. Essas empresas não precisarão apresentar plano de aumento de postos de trabalho para terem acesso à linha de crédito por terem, segundo o BNDES, ''reconhecida importância na manutenção e crescimento da oferta de trabalho e de renda.'' Em nota, o BNDES ressalta recente estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), ''Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil'', que estimou que a mortalidade precoce de micros e pequenas empresas abertas entre 2000 e 2002 provocou uma perda de 2,4 milhões de empregos. ''A falta de capital de giro é apontada pelos pequenos empresários como uma das principais causas da mortalidade de seus negócios'', segundo a nota do BNDES. O prazo total das operações a serem disponibilizadas pelo banco será de 24 meses, sendo 12 de carência. A taxa de juros será composta pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 9,75% ao ano, mais o spread bancário, dependendo do tipo de operação. Para micros, pequenas e médias empresas, que realizarem operações indiretas, será cobrado TJLP mais, no máximo 5,5% ao ano. As operações de empresas autogestionárias, ou seja, administradas pelos próprios funcionários, os financiamentos terão TJLP mais até 3,5% ao ano. As microempresas poderão obter financiamentos de até R$ 100 mil. O limite para pequenas é de R$ 500 mil e para as médias, R$ 4 milhões. A previsão do BNDES é de que os bancos comerciais já estejam repassando esses empréstimos nesta quinzena. Os pedidos só serão aceitos até o dia 30 de dezembro. As grandes empresas terão disponíveis para operação R$ 1,2 bilhão. Tanto as grandes como as médias empresas, com projeto superior a R$ 10 milhões, já podem entrar com uma carta-consulta diretamente ao BNDES.
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