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OPINIÃO FORMADA
TENSÃO - A Operação Albatroz que no início do mês culminou na prisão de mais de 30 empresários, políticos e servidores públicos do Amazonas, teve início há dois anos, justamente, batendo informações e comparando dados sobre faturamentos, movimentações bancárias, declarações de renda feitas com auxílio de técnicos da Receita Federal. Hoje, a mesma Receita Federal desenvolve operação de coleta de informações justamente em cima de declarações de renda e movimentações bancárias de empresários, políticos e servidores públicos roraimenses. Leia mais na coluna OPINIÃO FORMADA de hoje.

Por Edersen Lima TENSÃO A Operação Albatroz que no início do mês culminou na prisão de mais de 30 empresários, políticos e servidores públicos do Amazonas, teve início há dois anos, justamente, batendo informações e comparando dados sobre faturamentos, movimentações bancárias, declarações de renda feitas com auxílio de técnicos da Receita Federal. Hoje, a mesma Receita Federal desenvolve operação de coleta de informações justamente em cima de declarações de renda e movimentações bancárias de empresários, políticos e servidores públicos roraimenses. Numa análise preliminar mas intrigante, o Fisco já apurou discrepâncias entre renda declarada com movimentações bancárias. Assim, ou essa gente praticou milagres do tipo multiplicação dos pães, ou sonegação braba na cara dura. É claro que há casos que podem ser explicados, e espera-se que sejam mesmo. Mas, tenha certeza amigo leitor, muita tensão está por vir.
CASADO E BATIZADO A inauguração da nova rede elétrica de Pacaraima, que agora contará com a energia de Guri poderá marcar a aliança política entre o governador Flamarion Portela e o senador Romero Jucá. Os convites que estão sendo feitos pelos assessores do prefeito Chico Roberto (PT) anunciam a presença de Jucá, da deputada Maria Helena e - acreditem - do deputado Luciano Castro. A obra custou R$ 300 mil e o pagamento foi adiantado, mostrando que quando o assunto é ajudar o PT e agradar um novo aliado, o governo sabe e pode se mexer.
IRADO Enquanto se aproxima de um, se afasta de outros, é assim a vida do político, é assim que tem se comportado o senador Romero Jucá desde sua chegada a Roraima. O afeto da vez é o governador Flamarion Portela, que está dando uma forcinha - principalmente financeira - a campanha de Teresa Jucá em Boa Vista, enquanto que o desafeto da hora é o ex-governador, ex-adversário, ex-aliado, ex-adversário, ex-aliado Ottomar Pinto. Jucá ficou profundamente irritado com duas atitudes de Ottomar, na pior das hipóteses, de seu grupo. A primeira o lançamento da candidatura de Júlio Martins, quebrando um acordo e a outra a ação movida por um advogado de Ottomar que pode resultar na cassação de Teresa Jucá, por propaganda ilegal.
RECEITA MÁGICA E-mail enviado por leitor da coluna: "A SEFAZ-RR descumpre o Código Tributário Estadual em prejuízo do contribuinte,aplicando correção monetária sobre seus tributos em atraso. Conforme reza o artigo 160 do CT em anexo a correção monetária seria feita utilizando os mesmos índices de correção dois tributos federais. Ocorre que a correção monetária dos tributos federais está extinta desde 1 de janeiro de 1996, conforme Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. A SEFAZ vem fazendo de forma ilegal a correção dos débitos aplicando como índice a variação da UFER, unidade de referencia para o valor de algumas multas. Achando pouco a SEFAZ também indexa pelo mesmo fator os valores de juros e multa, aumentando a dívida enormemente. Em caso recente, um contribuinte ficou inconformado ao ver um débito seu de R$ 8.000,00 (se calculado conforme reza o código tributário) ser transformado para R$ 18.000,00 após a aplicação da receita mágica da SEFAZ. Este procedimento ilegal não é privilégio de alguns, mais regra geral que vem castigando silenciosamente a bastante tempo os contribuintes do estado, como forma de aumentar a receita. Assim é fácil, né?"
DIFERENTE O ex-deputado Jalser Renier foi cassado pelo TRE-RR por cinco votos a zero. No TSE, os ministros dividiram opiniões bem diferentes quanto ao processo, que teve que ser desempatado pelo voto de minerva do presidente Sepúlveda Pertence.
JORNAL Não é, mas que parece, parece. O jornal promocional da campanha de reeleição do vereador Alfonso Rodrigues tem projeto gráfico melhor que qualquer diário local. O informativo de Alfonso é editado pelos jornalistas J.R. Rodrigues e James Serrador.
ESBRAVEJOU O secretário de Segurança, Francisco Sá Cavalcante afirmou a pouco: "Quem tem o poder de demitir ou nomear o cargo comissionado na Segurança é o governador Flamarion". A atitude de Sá Cavalcanti é bem diferente da de ontem, em que esbravejava que quem escolhia e destituía cargo de confiança na SSP era ele e acrescentou que não iria admitir ato de insubordinação pelos policiais civis que deveriam ter "disciplina e respeitar a hierarquia". E mais: "Ou o governador toma uma decisão e demite os delegados de cargo comissionados e me comunique, ou eu me afasto da Secretaria de Segurança se for eu que tiver que demití-los, onde fica a minha autoridade?", disse Sá Cavalcante.

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