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Será que o caminho do campo e do trabalhado assalariado é o mesmo da grande empresa ?
A Parceria Pública Privada (PPP) alavancada pela Cooperativa Grão-Norte é sem dúvida uma das alternativas para o real desenvolvimento do agronegócio no Estado de Roraima. No entanto, sabemos que o ponto a ser questionado não é apenas seus resultados financeiros, mas sim, a sua sustentabilidade social e ambiental para os habitantes do Estado.

por Daniella Assunção A Parceria Pública Privada (PPP) alavancada pela Cooperativa Grão-Norte é sem dúvida uma das alternativas para o real desenvolvimento do agronegócio no Estado de Roraima. No entanto, sabemos que o ponto a ser questionado não é apenas seus resultados financeiros, mas sim, a sua sustentabilidade social e ambiental para os habitantes do Estado. É importante ressaltar que, em muitas situações onde se buscou desenvolver a agricultura patronal, prevaleceu as grandes fazendas com poucos assalariados agrícolas e forte indicadores de sub-desenvolvimento. Não nos basta ter crescimento, e sim desenvolvimento. Pesquisas mostram que a agricultura patronal é mais competitiva que a familiar em alguns poucos produtos como, carne bovina, cana-de-açúcar, arros e soja. Em outros como a carne suína e de ave, leite, ovos, batata, trigo, cacau, banana, café, milho, algodão, tomate, mandioca e laranja, prevalece o agronegócio familiar. Por ser mais resistente e estabilizada, a agricultura familiar é mais sustentável que chega a ser impossível imaginar que a sociedade (política pública) não se dá conta do preço que está pagando por ter, ou possa pagar, no mito da maior eficiência d agricultura patronal. O Plantio Direto é um excelente método para conservar a produtividade das terras e melhorar sua produtividade, porém nunca deve ser usado como monocultura, pois aumenta considerávelmente as pragas e doenças, além disso, sua instalação é cara devido a grande quantidade de herbicidas e fertilizantes que necessita. Acredito que o desenvolvimento do agronegócio em Roraima passa também pela recuperação e a consolidação dos assentamentos criados pelo Estado ao longo dos últimos anos. Hoje esses assentamentos não possuem condições para serem produtivos, dependem da democratização do acesso à terra que dará oportunidades a todas as populações ribeirinhas, extrativistas, trabalahdores rurais etc, de terem um lugar onde possam produzir e levar uma vida digna.
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