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Brasil supera a arrogância espanhola e está nas semifinais
O Brasil venceu a Espanha nesta quarta-feira por 67 a 63 e está nas semifinais do basquete feminino das Olimpíadas de Atenas. Comandada pela veterana Janeth, que passou dos 500 pontos nos Jogos, o Brasil fez seu melhor jogo no torneio até aqui. As pivôs deram um show à parte. Alessandra, Cíntia Tuiú, Kelly e Leila anularam as infiltrações espanholas e dominaram o garrafão. O Brasil pegou 43 rebotes, contra 22 da Espanha.

www.uol.com.br - Da Redação Em São Paulo O Brasil venceu a Espanha nesta quarta-feira por 67 a 63 e está nas semifinais do basquete feminino das Olimpíadas de Atenas. Comandada pela veterana Janeth, que passou dos 500 pontos nos Jogos, o Brasil fez seu melhor jogo no torneio até aqui. As pivôs deram um show à parte. Alessandra, Cíntia Tuiú, Kelly e Leila anularam as infiltrações espanholas e dominaram o garrafão. O Brasil pegou 43 rebotes, contra 22 da Espanha. Agora, a equipe enfrenta a Austrália, que venceu a Nova Zelândia. Na outra semifinal, enfrentam-se Estados Unidos e Rússia, reedição da final do Mundial 2002. Os EUA venceram a Grécia, e a Rússia, a República Tcheca. A seleção brasileira chegou às semifinais das duas últimas Olimpíadas. Em Atlanta-1996, o time, que contava com Paula e Hortência, foi à final, mas ficou com a medalha de prata ao perder para os EUA. Em Sydney-2000, já sem Hortência e Paula, o Brasil perdeu para a Austrália, mas ficou com o bronze ao vencer a Coréia do Sul. A Espanha, antes do jogo, havia afirmado que o Brasil era o adversário ideal das quartas-de-final. Terceiras no último campeonato europeu, as espanholas haviam vencido as duas últimas partidas contra as brasileiras, no Mundial de 2002 e em um torneio amistoso no ano passado. O Brasil fez seu melhor primeiro tempo nas Olimpíadas. Jogando com uma defesa muito forte, o time parou as opções de ataque da Espanha. No ataque, porém, tinha dificuldade para apassar pela defesa européia. Janeth foi o espelho: ela só foi fazer seus primeiros pontos com seis minutos, após três arremessos errados. Ainda assim, só porque conseguiu pegar o rebote de seu próprio erro. A ala depois embalou e foi a cestinha do Brasil no período, com 6 dos 14 pontos verde-amarelos. O Brasil esteve na frente durante todo o período e só deixou a Espanha virar o jogo nos dois últimos minutos, quando começaram os problemas da seleção com as bolas de três pontos. Pons acertou a primeira bola de longe no jogo e fechou o período em 16 a 14 para a Espanha. O terceiro quarto foi uma aula da Espanha em tiros de longe. Certeiras da linha dos três, as espanholas fizeram 15 de seus 18 pontos em bolas de longe. O Brasil, marcando muito bem e forçando erros, conseguiu virar o jogo com seis minutos, após passe de Adrianinha para Alessandra no garrafão. A seleção abriu dois pontos, mas, no final do jogo, a precisão espanhola empatou o jogo. O Brasil estava três pontos à frente quando Cebrian apareceu livre e acertou de três, empatando em 34 a 34. Na volta do intervalo, as brasileiras continuaram jogando bem, dificultando a ação de ataque das espanholas. A partir da metade do terceiro quarto, o técnico Barbosa fez as jogadoras marcarem individualmente as rivais, por toda a quadra. O resultado disso foram quatro pontos na frente no placar. Com a pequena vantagem, Barbosa aproveitou o finalzinho do período para descansar suas titulares. Com Adrianinha, Vivian, Silvinha e Kelly em quadra, a seleção ainda assim manteve a vantagem, vencendo o quarto por 15 a 12. O começo do último período foi marcado pelos erros das duas equipes. A ala-armadora Vivian perdeu duas bandejas que poderiam dar sete pontos de vantagem para o Brasil. Irritado, o técnico Barbosa tirou a jogadora e colocou Helen em quadra. A pontaria não melhorou, mas a seleção abriu cinco pontos com um rebote de Alessandra. A cinco minutos do final, o Brasil tinha cinco pontos de vantagem, e os arremessos de longa da Espanha pararam de entrar. Ainda dominando os rebotes, a seleção manteve a vantagem, mas errava muitas bandejas. Com dois minutos e meio, Barbosa voltou com Iziane. A troca não ajudou na precisão dos arremessos, e a diferença, que era de cinco, chegou a dois pontos. Barbosa, então, pediu tempo, para tentar ajustar o ataque brasileiro. A um minuto do fim do jogo, a Espanha empatou em 59 a 59. Na sequência, Iziane tentou a infiltração e levou falta da pivô Cebrian, eliminada. A ala-armadora brasileira fez os dois lances livres e deixou o Brasil com dois pontos de vantagem. Alessandra deu, então, dois tocos em Laia Palau. A 37 segundos, o Brasil abriu quatro pontos, com o 500º e o 501º pontos da veterana Janeth em Olimpíadas. A 18 segundos, ela ainda fez mais dois em lances livres. A Espanha, atrás no placar com 66 a 63, passou a parar o jogo com faltas. O alvo: Janeth. Ela, porém, não errou.
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