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Lula critica FH no Chile
Sem citar nome, presidente rebate ataques de antecessor e diz que vai manter política econômica O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou seu segundo dia de viagem ao Chile para fazer uma crítica velada à política econômica de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Lula reafirmou que manterá o regime fiscal duro que marcou até agora seu Governo e não fará "brincadeira" com a economia brasileira.

Sem citar nome, presidente rebate ataques de antecessor e diz que vai manter política econômica O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou seu segundo dia de viagem ao Chile para fazer uma crítica velada à política econômica de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Lula reafirmou que manterá o regime fiscal duro que marcou até agora seu Governo e não fará "brincadeira" com a economia brasileira. A alfinetada foi dada em palestra a empresários chilenos um dia após FH ter afirmado que a economia brasileira está longe de um "pódio olímpico". "A falta de iniciativa para mudar a política cambial no momento certo fez com que um país do tamanho do Brasil acumulasse durante muitos anos seguidos um déficit comercial quase sem precedentes na nossa história", disse Lula, referindo-se à estratégia usada na gestão FH de manter uma paridade entre o dólar e o real. Lula chegou a relacionar a política equivocada a objetivos eleitorais. "Quando se trata de política econômica, muitos governantes não têm coragem de fazer as mudanças no tempo certo se a política econômica tiver rendendo algum dividendo eleitoral", afirmou. Protesto interrompe discurso do presidente Durante um encontro com famílias do Programa Chile Solidário, similar ao Fome Zero, na capital Santiago, Lula homenageou o país que estava visitando. Na presença do presidente Ricardo Lagos, ele usou na cabeça uma bandana com as cores da bandeira do Chile. Um incidente interrompeu o discurso do presidente brasileiro na periferia de Santiago. Dez manifestantes pediam a libertação de seis chilenos presos no Brasil por participarem do seqüestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001. Aos gritos de "libertem os presos políticos do Brasil", o grupo obrigou Lula a parar de falar por alguns instantes. A segurança chilena rasgou uma faixa mostrada pelos manifestantes e o protesto foi interrompido pelas vaias das outras duas mil pessoas que assistiam ao discurso.
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