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Brasil vence os EUA e está nas semifinais no feminino
No jogo mais tenso já realizado até agora, a seleção brasileira feminina de vôlei se garantiu nas semifinais do torneio olímpico ao derrotar os EUA por 3 sets a 2. O jogo, realizado nesta terça-feira, teve parciais de 25-22, 25-20, 22-25, 25-27 e 15-6.

Da Redação - Em São Paulo No jogo mais tenso já realizado até agora, a seleção brasileira feminina de vôlei se garantiu nas semifinais do torneio olímpico ao derrotar os EUA por 3 sets a 2. O jogo, realizado nesta terça-feira, teve parciais de 25-22, 25-20, 22-25, 25-27 e 15-6. Nesta quinta-feira, o Brasil vai enfrentar a Rússia, que eliminou a Coréia do Sul nas quartas-de-final. Em Atlanta-1996 e Sydney-2000, sob o comando de Bernardinho, a equipe obteve duas medalhas de bronze. Em sua primeira Olimpíada tendo José Roberto Guimarães como técnico do feminino, o Brasil está a caminho do primeiro ouro a ser conquistado com uma equipe de mulheres. A equipe chegou à fase eliminatória como única invicta no torneio. Os EUA, líderes do ranking mundial -o Brasil é vice-, fizeram uma campanha bastante irregular na primeira fase, mas vinham de uma vitória de 3 a 0 sobre a tricampeã olímpica Cuba na rodada de encerramento das classificatórias. Parecia que o Brasil venceria por 3 a 0 a partida contra as norte-americanas. No terceiro set, no entanto, a equipe não soube manter o controle da partida. Só na quinta e decisiva parcial a tranqüilidade voltou ao time. Mais experiente, o Brasil aproveitou as oportunidades geradas nas falhas das rivais e chegou a abrir 6 a 0. O jogo O Brasil conseguiu três pontos de vantagem logo no início do primeiro set (8 a 5), com um ponto no saque de Mari e dois em erros dos EUA -um saque e toque na rede. A equipe norte-americana sofreu com o serviço brasileiro e não conseguia desenvolver suas jogadas, dependendo sobretudo de Haneef, a mais alta em quadra (2,00), que estava marcada por três jogadoras do Brasil. Mari foi o nome da parcial. Fez oito pontos. Com mais um saque que desequilibrou a recepção norte-americana, ela deu o 18º ponto, deixando o Brasil perto da reta final do set. Numa jogada confusa ela surgiu do fundo de quadra para decidir, marcando o 21º e, já na seqüência, o 22º. A jogadora, no entanto, desperdiçou a chance de dar o set point ao Brasil, atacando para fora. Com o erros, os EUA encostaram em 23 a 20, mas o Brasil fechou a parcial no erro de saque dos EUA. A seleção começou na frente o segundo set, mas em erros permitiu que os EUA empatassem (7 a 7). As equipes se revezaram na liderança, com os EUA tendo jogadas mais distribuídas e bem posicionados na defesa, marcando Mari. O Brasil levou vantagem no bloqueio, mas desperdiçou contra-ataques. A equipe de Zé Roberto conseguiu abrir três pontos de vantagem (20 a 17) com um ataque para fora de Haneef e um erro de saque norte-americano. O set point veio com Érika, no contra-ataque. Com um ataque para fora, os EUA outra vez deram o ponto para o Brasil fechar a parcial. O terceiro set foi equilibrado, com as duas equipes defendendo bem. O técnico Zé Roberto optou por deixar Mari no banco. Zé Roberto parou o jogo quando o Brasil desperdiçou um ataque, com Virna muito marcada, deixando os EUA na frente do placar (16 a 17). Os EUA ampliaram a vantagem para dois pontos com um ataque de Nnamani. O Brasil buscou, mas Érika ficou no bloqueio de Ball, que retomou a folga no placar (19 a 17). Nnamani outra vez tirou a bola do bloqueio e marcou 20 a 17. O saque tático de Bia sobre Nnamani complicou a jogada adversária e possibilitou contra-ataque brasileiro (21 a 22). Um novo erro do Brasil errou deu o 23º ponto para as norte-americanas. Em seguida, o ataque foi defendido pelos EUA e Nnamani outra vez decidiu, alcançando o set point (24 a 21). No bloqueio sobre Virna, os EUA fecharam a parcial em 25 a 22. Nnamani continuou sendo o nome do jogo no quarto set, quando os EUA repetiram a história do terceiro e abriram dois pontos de vantagem (7 a 5). Mari voltou à quadra, mas foii muito pouco acionada, mas foi com ela o Brasil tirou um ponto dos EUA e empatou na seqüência, com Walewska (10 a 10). Os EUA buscaram a vantagem e a tiveram de volta com o bloqueio e os contra-ataques de Nnamani (15 a 12). Érika empatou o jogo surpreendendo a própria Nnanami com uma bola de meia-força no centro da quadra adversária. A norte-americana foi imediatamente sacada de quadra. Walewska fez o primeiro ponto de bloqueio do Brasil e virou a parcial (20 a 19). Depois de um ataque de Sassá na rede, os EUA buscaram o empate em 23 a 23. Érika ficou no bloqueio e os adversários tiveram o set point, mas o Brasil evitou o fim do set. As equipes se alternaram com oportunidades de fechar a parcial. Mari, sumida em todo o set, ficou no bloqueio norte-americano, no ponto que encerrou o set. No tie-break, o time de Zé Roberto se encontrou e abriu 6 a 0, com Mari e Virna como principais destaques da equipe. A seleção soube administrar a vantagem enquanto os EUA mostraram pouco controle no set decisivo. O match point veio no bloqueio de Mari e Virna fez o ponto final.
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