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Brasileiras vão à final por façanha inédita para o futebol brasileiro
A seleção brasileira feminina conseguiu um feito histórico nesta segunda-feira, estádio Pampeloponnisiako, em Patras, ao derrotar a Suécia por 1 a 0 e assegurar vaga na decisão das Olimpíadas. Na final contra os Estados Unidos, que eliminou a Alemanha com uma vitória por 2 a 1 na prorrogação, as mulheres vão tentar uma façanha que nem mesmo os homens brasileiros, que ostentam um pentacampeonato mundial, conseguiram.

Da Redação - Em São Paulo A seleção brasileira feminina conseguiu um feito histórico nesta segunda-feira, estádio Pampeloponnisiako, em Patras, ao derrotar a Suécia por 1 a 0 e assegurar vaga na decisão das Olimpíadas. Na final contra os Estados Unidos, que eliminou a Alemanha com uma vitória por 2 a 1 na prorrogação, as mulheres vão tentar uma façanha que nem mesmo os homens brasileiros, que ostentam um pentacampeonato mundial, conseguiram. A classificação das brasileiras para a decisão mantém viva a esperança do primeiro ouro olímpico do futebol nacional. A equipe masculina, apesar de tantas glórias internacionais, jamais conseguiu tal feito. Os pentacampeões mundiais foram prata duas vezes (Los Angeles-84 e Seul-88) e bronze em outra oportunidade (Atlanta-96). Com pelo menos a prata assegurada, a seleção do técnico René Simões também põem abaixo um tabu de oito anos. Nas duas edições anteriores em que o futebol feminino foi disputado em Olimpíadas, o Brasil acabou derrotada na semifinal e também na decisão pelo bronze. Na estréia olímpica em Atlanta, a seleção foi derrotada pela China, nas semifinais, depois de estar vencendo por 2 a 1. Na disputa do bronze, o Brasil perdeu para a Noruega, então campeã mundial, por 2 a 0. Quatro anos depois, em Sydney, a seleção feminina caiu diante da Alemanha por 2 a 0 na decisão da medalha de bronze no torneio. Na semifinal, as brasileiras haviam perdido para os EUA por 1 a 0. O jogo Desde o início, ficou claro que a semifinal seria aberta, com as duas equipes tomando a iniciativa de atacar. No entanto, a disputa no meio-campo estava congestionada pela presença de muitas jogadoras. Com isso, as chances de gol no primeiro tempo foram escassas. Aos 22min, Formiga foi lançada pela esquerda, ganhou da marcação de Larsson e cruzou para trás. Marta dominou, mas não conseguiu finalizar. Dois minutos depois, Cristiane arrancou pelo meio, mas errou a conclusão, quando já entrava na área. Por sua vez, a Suécia apostou nas jogas por cima, tentando encontrar a alta atacante Svensson. No entanto, a excelente marcação de Monica frustrou a principal jogada adversária. Aos 37min, Marta fez bela jogada e deixou Cristiane livre para finalizar. No entanto, a atacante brasileira exagerou na força e perdeu a chance de marcar. Depois, Cristiane fez cruzamento, tirando da goleira sueca, mas Pretinha não conseguiu alcançar a bola. No segundo tempo, o Brasil continuou mandando no jogo. De cara, Formiga arriscou de longe e exigiu grande defesa de Joensson. Aos 18min, a supremacia brasileira chegou ao placar, quando Pretinha foi lançada, cortou a goleira sueca e tocou com categoria para as redes. Após o gol, a Suécia foi ao ataque para buscar o empate, mas por outro lado cedeu espaço para contra-ataques brasileiros. Num deles, Cristiane arrancou pela direita e levou a bola até a área. De cada com a goleira, a atacante desperdiçou grande chance para marcar. Brasil Andréia; Monica, Tânia Maranhão, Juliana Cabral e Daniela Alves; Rosana (Maicon), Elaine, Marta e Formiga; Pretinha (Renata Costa) e Cristiane Técnico: René Simões Suécia Joensson; Westberg, Larsson, Marklund, Bengtsson (Oeqvist) e Oestberg; Mostroem, Sjoestroem e Sjoegran (Andersson); Ljungberg e Svensson Técnica: Lyfors Domanki Data: 23/08/2004 (segunda-feira) Local: estádio Pampeloponnisiako, em Patras (GRE) Árbitra: Diane James-Ferreira (GUI) Auxiliares: Jaqueline Saez (PAN) e Maria Isabel Tovar (MEX) Cartão amarelo: Formiga Gol: Pretinha, aos 18min do segundo tempo
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