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Adriana Behar e Shelda se vingam e vão à decisão do ouro
As brasileiras Adriana Behar e Shelda conquistaram seu lugar na decisão do ouro do vôlei de praia em Atenas. Nas semifinais, nesta segunda-feira, elas derrotaram as australianas Natalie Cook e Nicole Sanderson por 2 sets a 0, com parciais de 21-17 e 21-16. A final será disputada nesta terça-feira às 15h (horário de Brasília). As adversárias das brasileiras serão as favoritas ao título, as norte-americanas Kerri Walsh e Misty May, atuais campeãs mundiais.

www.uol.com.br - Da Redação - Em São Paulo As brasileiras Adriana Behar e Shelda conquistaram seu lugar na decisão do ouro do vôlei de praia em Atenas. Nas semifinais, nesta segunda-feira, elas derrotaram as australianas Natalie Cook e Nicole Sanderson por 2 sets a 0, com parciais de 21-17 e 21-16. A final será disputada nesta terça-feira às 15h (horário de Brasília). As adversárias das brasileiras serão as favoritas ao título, as norte-americanas Kerri Walsh e Misty May, atuais campeãs mundiais. Ainda nesta segunda o Brasil pode colocar também uma dupla masculina na final olímpica. Para brigar por uma vaga, Ricardo e Emanuel enfrentam os suíços Heuscher e Kobel, às 16h. A vitória teve sabor de vingança para Behar e Shelda: foi para Cook e sua então parceira Pottharst que as brasileiras perderam a final de Sydney-2000, pelo mesmo placar. Para alcançar as semifinais derrotaram, neste domingo, a outra dupla do Brasil nos Jogos, Ana Paula e Sandra. Nesta segunda, numa partida equilibrada, Behar e Shelda foram mais regulares e apostaram no saque para quebrar o passe da forte dupla adversária. Cook, que durante toda a Olimpíada tem jogado com uma proteção no ombro direito por causa de uma grave lesão sofrida no início da temporada, virou a vítima das brasileiras. A maioria dos saques foi direcionada a ela, que não esteve bem no passe. O resultado confirma a campanha praticamente perfeita de Behar e Shelda em Atenas. Elas chegam à final invictas e tendo cedido apenas dois sets a adversários. As brasileiras têm uma das mais longas parcerias da atualidade. Juntas há nove anos, chegaram aos Jogos Olímpicos como líderes do ranking mundial, com cinco títulos do Circuito Mundial conquistados em 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001, além da prata de Sydney. O jogo Como esperado, o primeiro set começou bastante equilibrado. Brasil e Austrália trocaram vantagens até o quinto ponto quando dois ataques brasileiros renderam defesas e contra-ataques que deram à Cook e Sanderson dois pontos de vantagem. As brasileiras demoraram a encontrar o caminho da virada, insistindo em sacar em Sanderson, que não tinha problemas para fazer o passe e aproveitava bem todos os ataques armados por Cook. A defesa não saia, ora porque Shelda estava mal posicionada, ora por causa dos fortes ataques da australiana. Na metade da parcial, a marcação de dois toques de Shelda deu ainda um terceiro ponto de vantagem às adversárias. Foi Shelda quem fez a história do set mudar. O segredo foi passar a sacar sobre Cook, para que ela fosse obrigada a concluir as jogadas. A tática funcionou. Sobre a carrasca de 2000, Behar fez seu primeiro bloqueio na partida (17 a 16). Em novo saque de Shelda, Cook errou na recepção e a jogada australiana deu defesa para Shelda, que concluiu o contra-ataque (18 a 17). A partir daí as brasileiras tiveram o domínio da partida. O árbitro marcou dois toques de Cook na seqüência (19 a 17) e, no saque, Shelda obteve o set point para o Brasil. Na seqüência, Shelda conseguiu a defesa e foi à rede para selar a vitória, encobrindo o bloqueio de Sanderson. No segundo set, o Brasil manteve o saque sobre Cook, conquistando contra--ataques. Confiante, Behar teve sucesso em suas largadinhas, quase sempre no fundo da quadra, encobrindo as australianas. Logo no início da parcial, a dupla nacional obteve dois pontos de vantagem -um no serviço de Shelda e outro em bloqueio de Behar. E as brasileiras souberam administrar a liderança até o fim.
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