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Senso Crítico - Decisão judicial se cumpre?
A lentidão da Justiça Eleitoral em executar a cassação do governador Flamarion Portela - decisão tomada há três semanas - acaba dando razão ao levantamento feito sobre a Justiça brasileira encomendado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o famigerado BID, que alerta os investidores internacionais para uma justiça cara, lenta e que privilegia quem tem dinheiro no país.

Edersen Lima, Editor A lentidão da Justiça Eleitoral em executar a cassação do governador Flamarion Portela - decisão tomada há três semanas - acaba dando razão ao levantamento feito sobre a Justiça brasileira encomendado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o famigerado BID, que alerta os investidores internacionais para uma justiça cara, lenta e que privilegia quem tem dinheiro no país. Errado, equivocado, maldoso o BID? Ao que parece não. De tantos exemplos, tomemos apenas o da cassação de Flamarion, que já não se duvida, governará Roraima mesmo depois de ter sido cassado pela maior corte eleitoral. Explicar isso ao cidadão comum é difícil: "Sim, o governador foi cassado, mas continua no cargo, dando ordens e com a caneta na mão". Não podemos desconsiderar a pesquisa feita pelo BID, que levou 15 meses levantando os custos, o tempo, os estágios, as formas, os salários, as vantagens, a quantidade de recursos e as tendências do Judiciário brasileiro. Apesar das exceções em algumas cortes - inclusive em Roraima -, temos, sim, uma justiça cara, lenta, burocrática, encastelada e que privilegia quem tem poder para contratar bons advogados, que o diga o ex-deputado Sérgio Naya, que de dentro da Superintendência da Polícia Federal, por celular, vendeu um hotel em Miami-EUA, que estava penhorado pela justiça brasileira. Cassado, Flamarion continua governando. Errado, ele? Claro que não! Se a nossa justiça lhe garante recursos, tempo, recursos e mais tempo para que possa continuar no cargo, com a caneta na mão como se absolutamente nada tivesse acontecido, por que não desfrutar dessa realidade? A demora da Justiça Eleitoral em executar uma decisão sua cai bem como exemplo para a pesquisa do BID. Lamentável é o exemplo que se dá para as futuras gerações: Que decisão judicial, pelo o que se vê, não se cumpre. P.S: O que teria levado o senador Romero Jucá a fazer uma visita aos juízes do TRE-RR, numa sexta-feira à tarde, momentos antes da sessão que trataria do julgamento de cassação de Teresa Jucá?
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