Um esquema e tanto do PT está prontinho para ser efetuado. Sugerido pelo deputado Titonho Beserra, o governo encaminhou projeto que cria 1.330 cargos comissionados na Secretaria de Educação - comandada pelo partido -, com apenas 10% das vagas destinadas para servidores do quadro efetivo do estado e ou servidor federal à disposição do governo. Os recém aprovados no concurso público que arrumem outro padrinho, pois o restante das vagas será preenchido por indicações do PT, é claro.

Edersen Lima, Editor Um esquema e tanto do PT está prontinho para ser efetuado. Sugerido pelo deputado Titonho Beserra, o governo encaminhou projeto que cria 1.330 cargos comissionados na Secretaria de Educação - comandada pelo partido -, com apenas 10% das vagas destinadas para servidores do quadro efetivo do estado e ou servidor federal à disposição do governo. Os recém aprovados no concurso público que arrumem outro padrinho, pois o restante das vagas será preenchido por indicações do PT, é claro. Não dá para entender essa proposta do governo comandado por um partido que tem a palavra "trabalhista" no nome, atropelar a lei e o bom senso para beneficiar esquema político/eleitoral mantendo desempregado quem poderia está legalmente trabalhando. Criando 1.330 novos cargos e canetando um a um os escolhidos, o PT trabalha de olho na eleição de 2006. A oportunidade é essa, governo federal, governo estadual e porque não próximo governo e mais vagas na Assembléia Legislativa? Aliás, por falar em Assembléia, não se entende por que os deputados estaduais mais a secretária de Educação, Lenir Veras, se trancaram no "plenarinho" para decidir um assunto que é público e tem que ser tratado publicamente, ou não? O que teria de estranho, desabonador, contra a segurança institucional ou nacional para que a imprensa e o público fossem privados de acompanhar o que se debate sobre a criação de novos cargos? A não ser, e aqui não quero fazer qualquer injustiça, que a conversa enrede por outro rumo e trate de mudanças no reflexo do projeto, onde o PT abriria mão e repartiria o bolo com novos convidados. Tudo bem que o Partido dos Trabalhadores não lembre de nomear os aprovados no concurso público para os cargos comissionados que serão criados. Tudo bem que o PT queira, goela abaixo, impor sua linha doutrinária e partidária. Mas não acredito que a Assembléia, o Poder mais representativo da sociedade acate esse disparate. Tudo bem, que se abram vagas, criem empregos, mas respeitem aqueles que estudaram, que se privaram de tantas coisas e que por merecimento passaram no concurso público. Por que não chamá-los? Para quem não sabe, cargo comissionado tem tudo a ver com indicação pessoal. Cargo comissionado tem tudo a ver com gente de confiança de quem os contrata. E cargo comissionado tem, infelizmente, tudo a ver com "gafanhotos". Não que os futuros contratados serão "gafanhotos", mas é bom deixar bem claro que a gafanhotagem era composta de cargos comissionados.