O juiz federal Helder Girão Barreto, da 1ª Vara de Roraima, marcou para a manhã desta terça-feira, em Boa Vista, uma audiência com arrozeiros e representantes dos índios que vivem na reserva Raposa Serra do Sol. De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista de Roraima, Jacir José de Souza, o tema do encontro é a ação ajuizada contra a suposta presença de índios em terras particulares. "Eles querem tirar as duas comunidades que vivem perto das fazendas, a 2 km da cerca, impedindo que as plantações aumentem ainda mais", conta Souza. Os índios reclamam que os arrozeiros estão expandindo suas áreas para dentro da reserva. A expectativa do Conselho é que amanhã mesmo o juiz se manifeste oficialmente sobre o assunto.

O juiz federal Helder Girão Barreto, da 1ª Vara de Roraima, marcou para a manhã desta terça-feira, em Boa Vista, uma audiência com arrozeiros e representantes dos índios que vivem na reserva Raposa Serra do Sol. De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista de Roraima, Jacir José de Souza, o tema do encontro é a ação ajuizada contra a suposta presença de índios em terras particulares. "Eles querem tirar as duas comunidades que vivem perto das fazendas, a 2 km da cerca, impedindo que as plantações aumentem ainda mais", conta Souza. Os índios reclamam que os arrozeiros estão expandindo suas áreas para dentro da reserva. A expectativa do Conselho é que amanhã mesmo o juiz se manifeste oficialmente sobre o assunto. A reserva Raposa Serra do Sol tem 1,7 milhão de hectares e abriga uma população de cerca de 15 mil índios das etnias Macuxi, Wapichana, Ingarikó, Taurepang e Patamona. Este ano, uma decisão do Supremo Tribunal Federal impediu a homologação contínua das terras. Com a decisão, ficaram mantidas as decisões de outros juízes, entre eles, o juiz federal Helder Girão Barreto. As liminares excluíram da área indígena a faixa de fronteira com a Guiana e a Venezuela, o Parque Nacional Monte Roraima, os municípios, vilas, rodovias e as plantações de arroz no extremo sul da reserva.