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Basquete dos EUA adota discurso de cautela
Basquete masculino nos Jogos Olímpicos é quase sinônimo de EUA. Ou melhor, o Dream Team, como o mundo convencionou chamar o time mais famoso do esporte desde Barcelona. Mas a equipe que desembarcou em Atenas e falou aos jornalistas pela primeira vez, nesta sexta-feira, veio com outro discurso. O todo poderoso técnico Larry Brown, dos Pistons, foi logo avisando.

Redação Terra Basquete masculino nos Jogos Olímpicos é quase sinônimo de EUA. Ou melhor, o Dream Team, como o mundo convencionou chamar o time mais famoso do esporte desde Barcelona. Mas a equipe que desembarcou em Atenas e falou aos jornalistas pela primeira vez, nesta sexta-feira, veio com outro discurso. O todo poderoso técnico Larry Brown, dos Pistons, foi logo avisando. "Dream Team era o de 92. Esta é uma equipe com jovens talentos que tem tudo para jogar um ótimo basquetebol", disse. Pode ser um discurso político, mas também pode ser cautela. Há duas semanas, num amistoso, a equipe foi derrotada por 17 pontos de diferença pela Itália. Além disso, os jogadores são muito jovens e foram reunidos às pressas. Os maiores astros da Liga Americana ou alegaram lesão para não vir a Atenas, caso de Jason Kidd e Karl Malone, ou indiferença, como Shaquille O¿Neal. "Tivemos muito pouco tempo para treinar", repete seguidamente Brown. E continua: "Respeitamos qualquer equipe que tenha se classificado para a Olímpiada", afirmou. Tim Duncan, do San Antonio Spurs, 2,13m, 28 anos, um dos destaques do time ao lado de Allen Iverson, do Philadelphia 76ers, segue o mesmo discurso e fecha a cara quando perguntam se o time já se considera com a medalha de ouro: "Há um bocado de pressão para isso", reclama. A maior preocupação do treinador é a falta de experiência internacional. Promessas como LeBron James, do Cleveland, e Carmelo Anthony , do Denver Nuggets, vão ter de jogar muito e mesmo assim não devem chegar nem perto da equipe de 92, quando pela primeira vez a NBA foi a uma Olimpíada e ganhou o ouro com diferenças de mais de 40 pontos. Apesar disso, a mística da camisa, e da NBA, ainda continua arrastando multidões, mesmo com uma espécie de Dream Team B. Os únicos ingressos que se esgotaram para a primeira fase do basquete são justamente os das rodadas em que o time americano masculino entra na quadra. Os EUA estréiam contra Porto Rico no próximo domingo. Depois, pegam a Grécia (dia 17), Austrália (dia 19), Lituânia (dia 21) e Angola (dia 23). Fonte: Foto da AP
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