A avaliação positiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva reverteu a tendência de queda verificada nos últimos meses e subiu quase 9 pontos percentuais entre junho e agosto, segundo pesquisa do Instituto Sensus divulgada hoje pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Apesar da recuperação, o resultado ainda está abaixo do verificado durante o primeiro ano do atual governo e também é inferior a sua aprovação em fevereiro de 2004.

EDUARDO CUCOLO A avaliação positiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva reverteu a tendência de queda verificada nos últimos meses e subiu quase 9 pontos percentuais entre junho e agosto, segundo pesquisa do Instituto Sensus divulgada hoje pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Apesar da recuperação, o resultado ainda está abaixo do verificado durante o primeiro ano do atual governo e também é inferior a sua aprovação em fevereiro de 2004. A avaliação positiva do governo subiu de 29,4% em junho para 38,2% em agosto, enquanto a avaliação negativa caiu de 24,1% para 17,7%. Em fevereiro, os resultados eram de 39,9% e 15,1%, respectivamente. A CNT atribuiu a recuperação à melhor avaliação dos brasileiros em relação aos indicadores de emprego, saúde e educação. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que, após atingir o recorde de 13,1% da população economicamente ativa em abril, o desemprego recuou para 11,7% em junho. A maioria dos novos empregos criados, entretanto, paga baixos salários. O crescimento da popularidade de Lula mostra que os esforços da oposição de dar visibilidade a denúncias de irregularidades fiscais e patrimoniais de membros do governo --como as que envolvem os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb-- podem estar sendo "anuladas" pelo crescimento econômico. Desempenho pessoal A pesquisa também avaliou o desempenho pessoal de Lula. A aprovação ao presidente subiu de 54,1% para 58,1% no período. Em fevereiro, a aprovação era de 65,3%. Ainda segundo o levantamento, o número de brasileiros que teve um aumento de renda nos últimos seis meses oscilou positivamente 1 ponto percentual, para 15,9%. O número de pessoas que acha que sua renda irá melhorar nos próximos seis meses passou de 35,1% para 37,9%. Nos indicadores sociais houve um aumento na avaliação positiva, de 22,7% para 27,7% no caso da saúde e de 29,1% para 38,3% em educação. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 5 de agosto com 2.000 pessoas em 24 Estados. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo. A pesquisa é realizada a cada 40 dias pela CNT, que é presidida pelo vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade (PL-MG).