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FACES MÚLTIPLAS - Por Márcio Accioly
Brasília - Na última quarta-feira (04), quando discursava para integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), afirmou "não faltar pessoas com mentalidade subalterna no país". Sua excelência, dentro de prática discursiva de vaivém, sem chegar a lugar algum (como se vivesse embriagado), alimenta verdadeiro samba do crioulo doido, confundindo incautos.

Brasília - Na última quarta-feira (04), quando discursava para integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), afirmou "não faltar pessoas com mentalidade subalterna no país". Sua excelência, dentro de prática discursiva de vaivém, sem chegar a lugar algum (como se vivesse embriagado), alimenta verdadeiro samba do crioulo doido, confundindo incautos. Não existe nada mais subalterno no nosso país do que as sucessivas administrações que vêm se instalando no Palácio do Planalto. A população bem que desejaria dar grito de independência, cair fora da submissão acertada e imposta pelos que assumem o poder, mas isso parece impossível. Dom Luiz Inácio só tem aprofundado e consolidado o caráter governamental de subalternidade. Existe acontecimento mais subalterno (e criminoso) do que destruir a Petrobras? Do que entregá-la às multinacionais que programam e eternizam nossa miséria? Pois é isso o que o presidente da República pretende fazer, com a anunciada sexta licitação das bacias petrolíferas, cuja realização está prevista para o próximo dia 15. Isso, depois de jurar, ao longo da campanha eleitoral, que iria "suspender" todas elas. Além do mais, Dom Luiz Inácio está cercado de corruptos declarados e provados, como o atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, cujo nome preenche folhas e mais folhas da CPI do Banestado, colocado no centro das mais arrasadoras denúncias. Não irá demorar muito e a pecha de corrupto será pespegada no próprio presidente. É verdadeiramente incompreensível entender as razões pelas quais defende, com tanta veemência, ladrões engravatados de seu governo. Os corruptos pululam a olho nu, ocupando os mais destacados espaços da área econômica dessa desorientada gestão. Acuado, sem espaço para manobrar de acordo com seus pífios argumentos, Dom Luiz Inácio tem lançado inúmeros balões de ensaio, buscando o controle absoluto de setores do Poder Judiciário. Depois de tentar amordaçar os procuradores, eis que se procura, agora, manietar a mídia. Já saiu do forno presidencial (e foi encaminhado ao Congresso Nacional), projeto de lei criando o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). Ele terá a função, segundo consta no texto, de "zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe". Uma coisa que cheira fortemente à censura. Há de se levar em conta que Dom Luiz Inácio declarou, certa ocasião, que "notícia é aquilo que nós não queremos que seja publicado, o resto é publicidade". Não poderia ser mais franco nem direto. A verdade é que a população, em sua maioria, já não espera mais qualquer fato de positivo oriundo dessa gestão. E o governo federal tem consciência plena de não estar mais em sintonia com a nação. O publicitário Duda Mendonça vai cuidando de fazer marketing e de se ajustar em malabarismos que joga fumaça colorida por sobre os podres exibidos. O presidente já foi aconselhado, inclusive, a só trazer o novo avião do exterior, em fase de acabamento e pintura, depois das eleições municipais. Todos sabem que a carga negativa será enorme e isso poderia ter reflexo na decisão das urnas. Dia desses, um petista graduado quase foi massacrado por ter sugerido o seguinte slogan para os candidatos do PT que disputam prefeituras: "- Dê um voto de confiança ao presidente, vote em Fulano". Enquanto isso, Dom Luiz Inácio desfila sua incoerência diante das dificuldades que se avolumam. Mas o que mais impressiona é a proteção que agora dispensa aos corruptos. Email: [email protected] Fonte: Ilustração montada com imagem do site 'http://www.fnla-angola.org/photos/luis_inacio_da_silva_lula.jpg'
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