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Cassação de Flamarion contraria planos de Romero e Teresa
A cassação de Flamarion Portela nessa altura do campeonato era tudo o que o senador Romero Jucá e a prefeita de Boa Vista Teresa Jucá não queriam. Primeiro, porque perdem o principal aliado da campanha que os apoiaria via secretarias de Educação, Saúde, Obras e Bem Estar Social, ou alguém duvida que Teresa aceitaria coligar com o PT sem levar nada em troca?

Brasília - A cassação de Flamarion Portela nessa altura do campeonato era tudo o que o senador Romero Jucá e a prefeita de Boa Vista Teresa Jucá não queriam. Primeiro, porque perdem o principal aliado da campanha que os apoiaria via secretarias de Educação, Saúde, Obras e Bem Estar Social, ou alguém duvida que Teresa aceitaria coligar com o PT sem levar nada em troca? Depois de tentar sem sucesso emplacar o nome do assessor especial de Flamarion, Pablo Sérgio, para compor chapa com Teresa, o PT foi convencido pelo próprio governador cassado a compor como soldado raso na campanha da reeleição da prefeita. De um lado, Flamarion como governador colocaria as secretarias de Educação, Saúde, Obras e Bem Estar Social à disposição da candidatura da prefeita. Por outro lado, Romero Jucá trabalharia para liberar recursos para o estado e não só parta os municípios do interior. O plano, pelo visto, deu chabú. A segunda contrariedade de Romero e Teresa, causada pela cassação de Flamarion está na possibilidade real de Ottomar Pinto assumir o governo do estado, e aquele apoio via secretarias de Educação, Saúde, Obras e Bem Estar Social, passarem a servir ao candidato Júlio Martins. Ottomar não faz segredo de que é Júlio Martins desde criancinha nessa eleição. E sem nenhum desgaste no governo, poderá fazer praticamente tudo para eleger o seu candidato, ou será que alguém duvida que Ottomar ficará alheio ao processo eleitoral? E o terceiro ponto que a cassação de Flamarion contraria os planos de Romero e Teresa, está na possibilidade do presidente da Assembléia Legislativa de Roraima, deputado Mecias de Jesus, assumir interinamente o governo por 90 ou 120 dias, e provavelmente apoiar o ex-governador Neudo Campos, ou será que alguém acredita que Mecias ficará de fora do processo eleitoral? Somados, a perda do apoio do governo de Flamarion com as estruturas das secretarias de Educação, Saúde, Obras e Bem Estar Social trabalhando para outro candidato, realmente, não é à toa que Romero e Teresa Jucá não estão nada satisfeitos com a decisão do TSE.
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