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O NÓ DA SITUAÇÃO - Márcio Accioly
À medida que as eleições municipais se aproximam, o Ibope vai apresentando pesquisas estranhas que indicam a subida de candidatos vinculados ao PT. Enquanto isso, escândalos das mais variadas formas se amontoam sem explicação ou solução. Dom Luiz Inácio, fiel a seu estilo de "nada saber e nada fazer", apenas passeia pelo país e pelo mundo, aguardando a chegada de possante avião, recentemente adquirido, em fase de acabamento.

Brasília - À medida que as eleições municipais se aproximam, o Ibope vai apresentando pesquisas estranhas que indicam a subida de candidatos vinculados ao PT. Enquanto isso, escândalos das mais variadas formas se amontoam sem explicação ou solução. Dom Luiz Inácio, fiel a seu estilo de "nada saber e nada fazer", apenas passeia pelo país e pelo mundo, aguardando a chegada de possante avião, recentemente adquirido, em fase de acabamento. Já tem gente pedindo a Dom Luiz Inácio que não viaje mais para países pobres, em especial do continente africano, já que adota estranho procedimento de perdoar dívidas que por acaso tenham com o Brasil. No Gabão, por exemplo, que nos devia cerca de 36 milhões de dólares, o presidente achou por bem perdoar o débito integralmente. O fato levou o presidente em exercício do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Aristóteles Atheniense, a dizer que essa decisão "é inadmissível e inaceitável". E acrescentou: "- É um absurdo que o Brasil fique distribuindo benesses, como fez com o Gabão e outros países da África, quando diz que não tem dinheiro para pagar os aposentados". O problema é que o presidente deseja uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas e, a exemplo do antecessor, FHC, entende que a melhor maneira de alcançá-la é fazendo graça com o dinheiro e miséria dos outros. E quando tem dúvida, toma uma ou duas doses mais carregadas, cria coragem e segue em frente no impulso. Sua excelência não demite ninguém. Sua gestão vai competindo com a de FHC, no que se refere à corrupção e desenfreada bandalheira. O primeiro grande escândalo foi com seu ministro-chefe da Casa Civil, Zé Dirceu, no caso de propinas cobradas por seu então braço direito, Waldomiro Diniz. Nada se apurou, nada se investigou e a quantidade de areia que se vai colocando em cima do tema cuida também de sepultar a credibilidade do PT. Dominado inteiramente por Henrique Meirelles, que por sua vez se encontra enredado em falcatruas das mais diversas, Dom Luiz Inácio fala grosso com relação a imposições que os EUA colocam no comércio com o Brasil, enquanto favorece empresas estrangeiras e continua a mesma prática suicida da "administração" cardosina. O presidente não disse nada, até agora, acerca da sexta licitação de nossas bacias petrolíferas, fato que mina a Petrobras e puxa o país para dependência eterna no campo energético, num mundo cada vez mais carente do chamado ouro negro. Quem viver a próxima década irá assistir a terríveis ocorrências nesse setor (o energético). Os EUA, nos próximos cinco anos, terão suas reservas inteiramente esgotadas. A situação política está tão complicada e tensa que o próprio presidente nacional do PT, ex-deputado federal José Genoíno, conhecido como o delator do Araguaia, emudeceu. Sempre falante e verborrágico, o outrora "Mariposa" (como era conhecido no Salão Verde da Câmara), parece aguardar o desdobramento dos fatos para só então se posicionar. A verdade é que Dom Luiz Inácio não toma a menor providência e o país só vai indo porque iria mesmo de qualquer maneira, sem se ter conhecimento preciso de quando seremos todos engolidos pelas patifarias e desmandos praticados por nossas principais autoridades. Mas a situação é gravíssima e estamos navegando à deriva. Só temos uma certeza: se assim continuar, não vai demorar e Henrique Meirelles retornará a Washington (de onde jamais deveria ter saído), para a promoção de festas em seu apartamento, onde, segundo Cláudio Humberto, recebia sempre vestido de baby-doll. Email: [email protected] Fonte: Foto do site 'http://medias.lemonde.fr/medias/image_article/ana_lula_080104_afp_165.jpg'
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