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Evidências aniquilaram defesa de Flamarion
O ministro Carlos Madeira ressaltou em seu voto que a fita de vídeo do programa eleitoral gratuito, na qual a primeira dama Ângela Portela participa da distribuição do Vale Custeio demonstra a vontade de obtenção de vantagem eleitoral. Já o ministro Gilmar Mendes disse ter ficado impressionado com a sucessão de eventos ligados ao quadro eleitoral. "Os vales alimentação e os benefícios parecem ir além do simples esforço governamental. O conjunto da obra impressiona".

Redação Terra O presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, considerou que houve no caso o comprometimento da legitimidade da manifestação do eleitorado. Ao examinar as provas anexadas ao processo, o ministro Carlos Velloso, disse estranhar que em pleno período eleitoral o governador candidato a reeleição tenha remetido mensagem a Assembléia Legislativa concedendo anistia de débitos habitacionais de imóveis vendidos pelo extinto Banco de Roraima e também o parcelamento de débitos fiscais. O ministro também considerou sem explicação, o aumento do valor do vale-alimentação. "Isso tudo em plena campanha o que macula as eleições." O ministro Carlos Madeira ressaltou em seu voto que a fita de vídeo do programa eleitoral gratuito, na qual a primeira dama Ângela Portela participa da distribuição do Vale Custeio demonstra a vontade de obtenção de vantagem eleitoral. Já o ministro Gilmar Mendes disse ter ficado impressionado com a sucessão de eventos ligados ao quadro eleitoral. "Os vales alimentação e os benefícios parecem ir além do simples esforço governamental. O conjunto da obra impressiona", observou o ministro. Peçanha Martins lembrou que todos os atos foram praticados após a realização do primeiro turno em que Portela foi derrotado por Otomar Pinto. "Não se discute a legalidade dos atos do governador mas sim a conduta vedada no período eleitoral." Segundo o ministro, não é possivel que se entenda razoável um governante lícita e validamente encaminhar mensagem aumentando benefícios e anistiando multas. No caso, não posso deixar de ver a conduta extravagante que é vedada pela legislação eleitoral." O vice-procurador-geral Eleitoral, Roberto Gurgel, já havia opinado anteriormente pela perda do mandato de Flamarion Portela, pois ele entende que o governador se promoveu eleitoralmente por meio de programas de cunho social e da distribuição gratuita de bens custeados pelo erário. No parecer, o vice-procurador sustentou que a conduta de Flamarion Portela afetou a igualdade de oportunidades entre os candidatos ao cargo de governador. A defesa do governador diz ser falso o conteúdo da fita VHS, anexada como prova aos autos, em que são exibidas imagens da primeira-dama e secretária do Trabalho e Bem-Estar Social, Ângela Portela, participando da distribuição de benefícios a moradores carentes de Boa Vista e Rorainópolis. As imagens foram veiculadas no horário gratuito e ela aparece ressaltando o lema das campanhas institucionais do governo. Quando o governador foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima, o advogado de Flamarion disse que ele recorreria ao Supremo Tribunal Federal (STF) se não conseguisse mudar a decisão no TSE. Eleito pelo PSL, Flamarion se transferiu ano passado para o PT, mas se licenciou do partido desde o escândalo revelado pela Operação Gafanhoto. Fonte: Ilustração montada com imagem extraída do site 'http://www.geocities.com/bioimagem2000/dvdcopy.htm'
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