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O que não se espera da Justiça Eleitoral

Brasília - Se prevalecer a imparcialidade e a igualdade de direitos nestas eleições em Roraima, a Justiça Eleitoral, presidida por um dos mais atuantes juízes do estado, o desembargador Mauro Campello, será rígida quanto às transmissões do programa eleitoral gratuito não serem geradas por uma emissora com vínculo político/partidário, como ocorreu em 2002 quando o HEG foi gerado pela TV Caburaí. Tirando a toga de juiz, o cidadão Mauro Campello, como a maioria absoluta da população do estado sabe quem controla, quem dá as cartas dentro da TV Caburaí: O senador Romero Jucá.

Edersen Lima, Editor Brasília - Se prevalecer a imparcialidade e a igualdade de direitos nestas eleições em Roraima, a Justiça Eleitoral, presidida por um dos mais atuantes juízes do estado, o desembargador Mauro Campello, será rígida quanto às transmissões do programa eleitoral gratuito não serem geradas por uma emissora com vínculo político/partidário, como ocorreu em 2002 quando o HEG foi gerado pela TV Caburaí. Tirando a toga de juiz, o cidadão Mauro Campello, como a maioria absoluta da população do estado sabe quem controla, quem dá as cartas dentro da TV Caburaí: O senador Romero Jucá. Daí, para que não pairem suspeitas nem sobre a Justiça Eleitoral, nem sobre o senador, descartar a Caburaí das pretendentes de veicular o HEG seria uma decisão acertada dos juízes eleitorais. Nesse momento em que uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral - a cassação do mandato do deputado Flavio Chaves - foi reformulada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral, seria muito desgastante para os juízes regionais ter nova decisão corrigida por uma corte superior. Sobre a TV Caburaí recaem inúmeras certezas e suspeitas. Certezas de que é parcial, benevolente com a administração da prefeita Teresa Jucá, concorrente à reeleição e ex-mulher de Romero Jucá, coordenador da sua campanha. Basta assistir qualquer programa jornalístico da emissora para constatar o que afirmo. E suspeita de agir tendenciosamente contra os opositores da prefeita. Há também as acusações de que em 2002, por receber com mais de quatro horas de antecedência os programas de todas as coligações partidárias, funcionários da TV informavam Romero Jucá - candidato naquela eleição - sobre o teor das acusações que sofreria dando-lhe tempo para que ingressasse na Justiça Eleitoral pedindo para que cenas desses programas fossem retiradas. Naquela eleição, muitos programas de opositores do senador foram amputados minutos antes de entrar no ar. A TV Caburaí funciona numa casa pertencente a Romero Jucá. Lá, ele entra e sai como se ali ainda morasse. Despacha com a diretoria da TV todas às vezes que está em Boa Vista. Vários funcionários da Caburaí tinham empregos na Prefeitura de Boa Vista até pouco tempo antes de serem denunciados ao Ministério Público Estadual. Outros funcionários ainda prestam serviço na TV e na PMBV. Além de tudo isso, a retransmissora foi criada de forma suspeita onde Romero responde processo de se apropriar ilegalmente da televisão que pertenceria ao governo do ex-Território Federal de Roraima. (ver abaixo matéria da revista Veja) Na Justiça Comum, tanto o autor como o cúmplice de um crime, sofrem os rigores da Lei. Deixar que a TV Caburaí controle a entrada e assista com antecedência os programas eleitorais de todas as coligações é ser cúmplice no mínimo com a parcialidade de ações e desigualdade de direitos. Não é isso que se espera da Justiça Eleitoral. Veja a matéria sobre a TV Caburái publicada na revista Veja


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