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Brasil lidera rede de cooperação contra aids
O Brasil e outros cinco países, que concentram um terço da população mundial, acertaram hoje, durante a XV Conferência Internacional de Aids, a criação de um grupo que vai promover a transferência tecnológica no combate à doença. A idéia é partilhar abordagens bem-sucedidas e manter e aprimorar o acesso a tratamento nesses países. China, Rússia, Tailândia, Ucrânia e Nigéria, além do Brasil, fazem parte da formação inicial da rede, que já mantém negociações com outros possíveis membros, como Índia e África do Sul.

Reuters O Brasil e outros cinco países, que concentram um terço da população mundial, acertaram hoje, durante a XV Conferência Internacional de Aids, a criação de um grupo que vai promover a transferência tecnológica no combate à doença. A idéia é partilhar abordagens bem-sucedidas e manter e aprimorar o acesso a tratamento nesses países. China, Rússia, Tailândia, Ucrânia e Nigéria, além do Brasil, fazem parte da formação inicial da rede, que já mantém negociações com outros possíveis membros, como Índia e África do Sul. "A idéia é transferir tecnologia", afirmou o diretor do Programa de DST/Aids do Brasil, Alexandre Grangeiro, em Bangcoc. Segundo Grangeiro, as áreas de atuação serão centradas em medicamentos, preservativos, insumos farmacêuticos e vacinas. Entre essas quatro frentes, a questão do tratamento foi considerada prioridade por todos os representantes dos países da rede em reunião nesta segunda-feira durante a conferência. A iniciativa, liderada pelo Brasil, vai receber US$ 1 milhão da Fundação Ford. A quantia será utilizada para fazer um diagnóstico das potencialidades e necessidades desses países. Segundo Grangeiro, serão avaliadas a capacidade de cada governo, as necessidades e as instituições desses países, que seriam possíveis colaboradores. Até setembro, quando o grupo se reunirá na Rússia, esse levantamento deve estar pronto para começar a definir os protocolos a serem acordados. "Fazer a rede hoje é se antecipar aos problemas que podemos passar a ter depois de 2005", afirmou Grangeiro. A partir desse ano, todos os países deverão adotar leis de patentes e deverão respeitar a propriedade intelectual. "Se não nos anteciparmos, teremos uma defasagem e dependeremos dos países desenvolvidos, onde a maioria dos medicamentos é produzida", acrescentou.
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