00:00:00
Funasa e Unb firmam convênio para atendimento a Xavantes e Ianomâmis
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Universidade de Brasília (UnB) firmaram, convênio para atendimento aos índios xavantes e ianomâmis. O convênio atende às novas diretrizes para a saúde indígena implantadas este ano. Na primeira etapa, serão disponibilizados R$ 2.990.570,30 para atendimento de 11.412 índios xavantes, em Mato Grosso.

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Universidade de Brasília (UnB) firmaram, convênio para atendimento aos índios xavantes e ianomâmis. O convênio atende às novas diretrizes para a saúde indígena implantadas este ano. Na primeira etapa, serão disponibilizados R$ 2.990.570,30 para atendimento de 11.412 índios xavantes, em Mato Grosso. A partir de julho, será feita uma suplementação orçamentária ao convênio, liberando recursos para o trabalho junto aos índios ianomâmis, em Roraima. A atuação da UnB com os xavantes começa ainda este mês, em substituição ao convênio com a Sociedade em Defesa da Cidadania (SDC). O trabalho da Universidade com relação aos ianomâmis terá início a partir de 2 julho, em substituição à Urihi - Saúde Yanomami. Em ambos os casos, a UnB desenvolverá ações complementares de saúde dentro da nova política. A Universidade entrará com a responsabilidade de manutenção das equipes de atenção básica à saúde, capacitação e controle social. Segundo Alexandre Padilha, diretor do Departamento de Saúde Indígena (Desai) da Funasa, o convênio firmado hoje abre a possibilidade de envolvimento da UnB em ações de cooperação técnica, tanto para a assistência à saúde indígena quanto para a educação. O presidente da Funasa, Valdi Carmarcio Bezerra, que assinou o convênio com o reitor da UnB, Lauro Mohry, destacou que este é um importante passo na gestão da saúde indígena. Segundo ele, a UnB atuará em parceria com a Funasa em um trabalho de co-gestão da saúde indígena. As novas diretrizes para a política de atenção à saúde indígena não excluem a parceria entre Funasa, organizações não-governamentais e prefeituras. As principais mudanças dizem respeito à freqüência no repasse de recursos e à aplicação de metas baseadas em indicadores de saúde. As conveniadas passam a receber os repasses e prestar contas a cada mês, o que evita a descontinuidade dos serviços. Anteriormente, a liberação de verbas era feita em parcelas semestrais e o atraso na prestação de contas significava interrupção no serviço prestado. Além disto, as conveniadas têm de cumprir metas para a redução de indicadores de saúde pactuadas com a Funasa. Cabe ainda a Funasa a responsabilidade da compra de medicamentos, combustíveis e outros insumos. "Estamos com o desafio de melhorar cada vez mais a saúde indígena no Brasil. Para isso, estamos buscando parceiros cada vez mais sérios para participar deste processo. Queremos ousar, mas precisamos de parceiros que tenham respeito institucional e possam atuar de acordo com as nossas ações", destacou o presidente da Funasa. Lauro Mohry, que é da região Amazônica, agradeceu a confiança depositada na Universidade de Brasília e abriu a possibilidade de atuação conjunta em outros setores. "Estamos atuando em outras áreas de interesse da Funasa e talvez possamos fazer algo conjuntamente no futuro", destacou.
COMENTÁRIOS