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Alencar afirma que sofre 'censura' por criticar taxas de juros
O vice-presidente da República José Alencar disse que tem sido censurado por criticar as taxas de juros brasileiras. Segundo ele, a censura parte de todos que são contra a queda dos juros. "A Constituição de 88 acabou com a censura, exceto com a censura de bater nas taxas de juros. Esta censura existe e eu tenho sofrido e sido vítima dessa censura, até com a distorção do que eu falo", afirmou. O vice-presidente deu essa declaração durante um discurso na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Além de criticar a questão dos juros, Alencar também falou mal da carga tributária brasileira.

ANA PAULA GRABOIS da Folha Online, no Rio O vice-presidente da República José Alencar disse que tem sido censurado por criticar as taxas de juros brasileiras. Segundo ele, a censura parte de todos que são contra a queda dos juros. "A Constituição de 88 acabou com a censura, exceto com a censura de bater nas taxas de juros. Esta censura existe e eu tenho sofrido e sido vítima dessa censura, até com a distorção do que eu falo", afirmou. O vice-presidente deu essa declaração durante um discurso na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Além de criticar a questão dos juros, Alencar também falou mal da carga tributária brasileira. Segundo ele, a carga tributária e a burocracia do sistema tributário "entravam o desenvolvimento". "Há um pleito nacional para que não se deixe crescer a carga tributária porque ela transfere para o Estado recursos que seriam administrados com grande eficiência pelo setor privado", afirmou. Em relação aos juros, José Alencar disse que o Brasil paga juros sobre a sua dívida muito superiores aos demais países do mundo, inclusive se comparado aos demais países emergentes. Segundo ele, o Brasil paga um juro de cerca de 10% ao ano enquanto a média dos países emergentes paga 2,3% ao ano. "Pela minha experiência de meio século de vida empresarial, sei que enquanto as atividades produtivas não puderem remunerar com vantagem os custos de capital, não poderá haver investimento na medida em que o Brasil precisa e pode em relação ao seu potencial", disse.
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