- 26 de novembro de 2024
O Ministério público Federal apura 38 denúncias de desvio de dinheiro da merenda escolar no país. E Roraima, pode ser 39ª investigação do órgão, depois que o Norte Investigação veiculou reportagem em que estudantes relatam que, em média, três vezes por semana, comem bolachas com refresco ou achocolatado, quando mais de R$ 10 milhões em contrato aditivo firmado pelo governo de Antônio Denarium, previa fornecimento de carne moída, linguiça, filé de tambaqui, arros, feijão, macarrão, verduras e legumes.
De acordo com os estudantes, a alimentação deles é caprichada quando há alguma visita ou solenidade em que é servido comida. "Durante a semana, três dias a gente come biscoito com achocolatado ou refresco", revela uma aluna. "No ano de 2022, os meninos falavam que a merenda foi uma maravilha por causa da campanha eleitoral", informou uma mãe de aluno, ""Podia ter eleição todo ano", eles dizem", completou.
R$ 20 MILHÕES - Segundo o governo federal, Roraima recebeu mais de R$ 20 milhões no ano passado para custear a alimentação de estudantes. A empresa Laerte Miranda Almeida - Eireli fechou o 9º contrato com o governo Denarium. O primeiro, em 2021 foi de R$ 600 mil. Em três anos, subiu para R$ 10 milhões.
A pergunta que se faz é: aonde estão o filé de tambaqui, a carne moída e a linguiça que constava na proposta de merenda escolar?
IMPUNIDADE - Essa denúncia tem que ser apurada, já que dinheiro público federal para alimentar crianças e adolescentes pode estar sendo desviado na certeza da impunidade que cerca certos governos e governantes, em que a justiça em suas esferas, demoram em julgá-los e às vezes, suspendem julgamentos que só os beneficiam.
Cabe lembrar que, a maioria dos estudantes, têm na merenda nas escolas, como sua principal alimentação. Desviar dinheiro para essa finalidade, é muita desonestidade social. É desumano.