DINHEIRO E CARROS-FORTES EM MUCAJAÍ

Na segunda-feira, 7, a movimentação de carros-fortes recolhendo dinheiro na agência do Branco do Brasil e na lotérica em Mucajaí, após um fim de semana em que gente endinheirada como deputados estaduais e federais, dois senadores (com motoristas que servem para guardar a dinheiro dos chefes), o governador do estado e, principalmente, o operador dele, chamou atenção de moradores, já que, os pagamentos dos servidores do governo e da Prefeitura do município foram pagos uma semana antes.

Pergunta

Então, o que causou o suposto recolhimento de volume alto de dinheiro depositado ou recolhido em pagamentos de dívidas?

Resposta

A resposta pode estar justamente na mobilização feita em peso pela base de Antônio Denarium para eleger, de forma muito apertada (pouco mais de 200 votos) o candidato apadrinhado por dois senadores, pela estrutura do Palácio Hélio Campos, deputados e pelo poderoso onipotente e onipresente Disney Mesquita.

Mais de R$10 milhões

E mesmo assim, com todo poderio bélico/eleitoral/financeiro, por muito pouco não perderam a eleição que, na Assembleia Legislativa, falou-se ter custado mais de R$ 10 milhões gastos na estrutura usada para derrotar o grupo liderado pelo ex-deputado Édio Lopes, que tinha só as ações da Prefeitura e a mobilização da base que construiu em mais de 30 anos de política em Mucajaí.

Repressão

No dia da eleição, chamou a atenção, também, o papel fiscalizador da Polícia Militar, que contou com verdadeira frota de viaturas, chegando, segundo denúncias, a fechar quadras residenciais quando se faziam mobilizações pró Chiquinho, candidato do governo, mas sendo rigorosa no acompanhamento de eleitores que se mostravam favoráveis ao candidato da prefeita Nega Lopes.

Complacente e Opressora

A ação complacente por um lado e opressora por outro da Polícia Militar, que destacou especialmente para Mucajaí, um coronel que demonstra fidelidade canina a Antônio Denarium por causa da sua promoção, tem sido denunciada em postagens nas redes sociais, com imagens de viaturas impedindo o tráfego em ruas e quadras em que apoiadores do candidato do governador faziam visitas em residências de eleitores.

Na casa da mãe

Em um vídeo, é informado que a PM ficou de prontidão em frente à casa da mãe de Chiquinho, onde, supostamente, teria dinheiro guardado.

Polícia Federal 

Quanto à Polícia Federal, que estava em número bem menor de agentes em Mucajaí, realizou apreensão de dinheiro e de suposta lista de compra de votos. Todos relacionados ao candidato de Denarium.

"Surra" 

"Foi como se Golias vencesse Davi por pontos, com a cara inchada depois de levar uma surra", comentou um deputado estadual que é da base governista, sobre a eleição de Chiquinho.

Mais apoio que Catarina 

A eleição em Mucajaí foi de longe a que envolveu, com maior intensidade, o governo em apoio ao candidatos de Lord Hiran e Mecias de Jesus. Proporcionalmente, Chiquinho teve, às vésperas da eleição, mais apoio e estrutura governamental do que Catarina Guerra, que disputou a Prefeitura de Boa Vista.