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O maior inimigo da mulher não é o homem ou a discriminação que a sociedade machista-patriarcal impõe. O maior "inimigo" da mulher é a própria mulher. Vejamos os casos das eleições da OAB-RR, e das municipais desse ano, quantas mulheres concorreram às mais de cinco mil prefeituras do país? Quantas vereadoras foram eleitas em comparação ao número de homens? Na OAB-RR, um jantar reuniu, segundo o organizadores, 500 advogadas para votarem num homem, enquanto sua adversária é uma colega delas.

"Mulher não vota em mulher", é uma máxima verdadeira e realista. Assim como, também, é real a forma autoritária e opressora com que muitos homens, no comando, agem contra mulheres, inclusive, colegas de profissão.

Eu trago aqui, depoimento de uma advogada que se diz vítima de intimidação e constrangimento executados pelo presidente Ednaldo Vidal, apenas porque a mesma "curtiu algo no Instagram que não lhe agradou", e por isso, ela teria sido ameaçada de sofrer processo criminal.

"Já diz o ditado que “coração de gente é terra que ninguém anda”, e quando a gente percebe as atitudes que tem no coração de um suposto líder que ameaça, instaura irregularmente processos disciplinares pra prejudicar, coagir e ameaçar colegas advogados e ainda faz isso moeda de troca para ter apoio em sua eleição, tem que duvidar da bondade desse coração", diz a advogada.

Ednaldo Vidal nega qualquer ato de constrangimento que tenha protagonizado contra um colega. "O doutor Ednaldo jamais cometeu qualquer ação assim contra um colega da Ordem. Ele nunca perseguiu ou ninguém", defendeu um advogado que pediu para não ter seu nome divulgado.

As eleições municipais mostraram que a discriminação e preconceito contra mulheres na política se mantém inalterado. Na OAB-RR, a chance de se ter, enfim, uma mulher dirigindo a entidade no estado, está sendo colocada para os advogados roraimenses, em especial, para as advogadas mostrarem união, valorização e respeito mútuo. E não a máxima de que "mulher não vota em mulher".


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