- 19 de novembro de 2024
No Brasil, só em três situações usa-se altas quantias de dinheiro vivo para se fazer pagamentos: para o crime organizado, para propina oriunda de dinheiro público e para compra de votos em época de campanha eleitoral.
Então, partindo da premissa verdadeira de que o empresário marido da deputada Helena Lima, acompanhado de dois policiais do Bope, sacou R$ 500 mil para efetuar pagamentos honestos, eu o considero um grandiosíssimo irresponsável quando se sabe do grau de violência e insegurança que Boa Vista vive.
Irresponsavelmente, o marido da deputada Helena põe em risco de morte todos os meses (?) ele e seus PMs alugados já que, quem vai para assaltar R$ 500 mil sabendo que tem policiais ali, vai armado até os dentes e em número bem maior, não é?
O correto, o seguro e natural seria que, a empresa da deputada Helena usasse serviço de uma transportadora de valores, e efetuasse os pagamentos em dinheiro vivo dentro da própria empresa, para os funcionários que não tem contas bancárias e nem Pix.
Mas, chama a atenção que, apesar do grau de instrução, preparo e experiência no ramo de quem tem mais de 500 funcionários, o marido de Helena não exigir que seu pessoal abra contas bancárias.
Convence a desculpa dele?
Mas, em se tratando de Roraima, onde o presidente do STF, ministro Luís Barroso, já mencionou que aí, no estado, "não se ganha eleição, e sim, compra-se eleição", é muito difícil crer, diante da realidade, que esses R$ 500 mil flagrados com o marido da deputada Helena Lima, não fossem para comprar votos.