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Brodagem de Wilson Lima e Roberto Cidade não pega bem


É mais que evidente que a relação entre Wilson Lima e Roberto Cidade vai muito além do trato republicano e de respeito mútuo por serem chefes de poderes.

A relação é de brodagem política, haja vista que Cidade não é só um "pau pra toda obra" do governador, é um deputado que não vê, não ouve e nem fala nada sobre denúncias graves de improbidade, corrupção e desvio de dinheiro público nas secretárias do estado.

Mas como "pau pra toda obra" de Wilson Lima, o presidente da Assembleia Legislativa tem seu peso e valor bem medidos a ponto dessa harmoniosa relação ser, também, lucrativa financeiramente para Roberto Cidade ou para sua família. A imprensa informa que mais de R$ 230 milhões em contratos com empresa de navegação do pai de Cidade foram fechados longe de qualquer constrangimento e simancol.

Sim, sem constragimento e simancol do presidente da ALE aceitar que empresa da família feche contrato até legal com o governo, mas, imoral, além de recheado de questionamentos, como o transporte de estudantes no interior quando não houveram aulas devido à Covid 19. Isso, por sete meses recebendo sem prestar serviços?

Um cálculo básico feito por um ex-deputado federal, arrisca o palpite de que o lucro em contratos assim é mais de 40%. Ou seja, se for isso mesmo, o pai de Roberto Cidade, na empresa que o presidente da ALE era proprietário até assumir seu primeiro mandato, pode ter lucrado, na boa, R$ 920 milhões. Será?

O bom alvitre manda que, para evitar suspeitas tortas de favorecimento por baixo dos panos e toma-lá-dá-cá, que deputados e suas famílias não ganhem contratos milionários de governos em que são aliados tipo brodagem, como é a relação entre Roberto Cidade e Wilson Lima. Não pega bem.


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