- 25 de novembro de 2024
Entre mais de 1,5 milhão de casos autóctones de malária identificados na região amazônica brasileira entre 2013 e 2022, 29% foram em crianças de até 12 anos. No mesmo período, registrou-se 73 mortes de crianças nessa faixa etária, sendo 22 em crianças com menos de 1 ano.
Em suma, os dados integram a pesquisa Saúde Brasil, lançada este mês pelo Ministério da Saúde. O documento mostra que a taxa de letalidade por malária na região amazônica brasileira é baixa, mesmo em crianças.
Desse modo, no intuito de diminuir a ocorrência de casos da doença, uma das estratégias recomendadas pelo ministério é o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILDs). O Sistema único de Saúde (SUS) distribui e instala o material, gratuitamente, em áreas de alta transmissão por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Na busca pelo controle e pela eliminação da malária, o diagnóstico e o tratamento oportunos, realizou-se a combinação de controle vetorial do mosquito, como a utilização de MILDs. Essa estratégia, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), oferece uma barreira física e química, diminuindo a população intradomiciliar do vetor.”
Por fim, para tratar menores de 12 anos contra a malária, causada pelo parasita Plasmodium falciparum, a pasta informou que está retomando a oferta da associação artesunato + mefloquina. A junção se chama ASMQ, e tem produção no Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O AMSQ foi incorporado ao Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária em 2009, mas houve interrupção da fabricação em 2021. Em 2023, o SUS fabricou e disponibilizou 254,4 mil unidades do medicamento, mas para maiores de 12 anos. “Agora, em 2024, Farmaguinhos retomou a produção do ASMQ para menores de 12 anos”.
Fonte: Agência Brasil