- 25 de novembro de 2024
Enfim, a prisão preventiva do capitão da Polícia Militar Helton John foi decretada ontem à noite, duas semanas depois que ele participou do assassinato do casal de agricultores Jânio e Flávia Guilarducci, a tiros, no Cantá, por disputa de terras.
Não sei o que Helton John irá alegar em sua defesa. Mas dizer que não deu voz de prisão ao assassino Caio Porto porque estava desarmado ou foi surpreendido, ameaçado e coagido a sair do local no mesmo carro que o assassino Caio Porto, não cola.
E não cola porque, se mesmo essa situação nada provável fosse verdade, é difícil de acreditar que Helton e mais dois PMs estivessem desarmados onde foram para dar uma dura, uma pressão sabidamente arbitrária e abusiva.
E por que, quando saiu do carro em que estava o assassino Caio Porto, o capitão PM não foi a uma delegacia relatar o ocorrido ou ligou para colegas policiais?
Talvez não tenha feito nada porque não imaginava que o atentado havia sido gravado pelas vítimas.
JAGUNÇO DE LUXO - Intrigante, é que Helton John continuou por mais seis dias como chefe da segurança de Antônio Denarium, amigo de Caio Porto, para quem o capitão serviu de "jagunço de luxo", como se nada tivesse acontecido.
Por que Helton acompanhou Caio Porto nessa parada violenta, é o que pode selar de vez o seu destino. Se falar a verdade, poderá se livrar de algo muito pesado. Como evangélico que diz ser, Helton sabe disso.
Resta saber se ele é inteligente suficiente para entender isso.