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Assassinato de Julieta Hernández inspira política de proteção a mulheres que viajam sozinhas

Assassinato de Julieta Hernández inspira política de proteção a mulheres que viajam sozinhas

O objetivo é tornar os ambientes frequentados por mulheres viajantes mais seguros e atrativos, principalmente em locais como hotéis, pousadas e outros pontos turísticos

Por Edersen Lima,
22 de mar�o de 2024
em Opinião Formada

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O assassinato de Julieta Hernández, a artista, cicloativista e feminista venezuelana, ocorrido em dezembro de 2023 no Amazonas, serviu de inspiração para uma nova política nacional de proteção a mulheres que viajam sozinhas pelo Brasil. Iniciativas nesse sentido foram propostas por familiares e amigos da vítima à deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Esta semana, a parlamentar apresentou as medidas à Embratur, sendo recebida pelo presidente Marcelo Freixo.

As propostas sugeridas pela deputada foram distribuídas em três eixos e foram acolhidas pela agência, embora ainda necessitem de formatação e ajustes. O objetivo é tornar os ambientes frequentados por mulheres viajantes mais seguros e atrativos, principalmente em locais como hotéis, pousadas e outros pontos turísticos.

O Requerimento de Indicação nº 187/2024, protocolado pela parlamentar, sugere que as políticas de proteção às mulheres viajantes sejam discutidas entre os municípios do Mapa do Turismo. Também propõe iniciativas específicas para mulheres cicloativistas, como Julieta Hernández, incluindo medidas de segurança nas estradas e a criação de um aplicativo de rastreamento para acompanhamento de trajeto e localização.

Além disso, há a proposta de criação do Prêmio Turismo Amigo da Mulher Viajante, que reconhecerá e estimulará práticas de turismo seguro para mulheres, e a retomada do diálogo com o Ministério da Justiça para capacitar profissionais de segurança pública no acolhimento dessas viajantes.

O caso de Julieta Hernández gerou comoção nacional e internacional, motivando manifestações em diversas cidades ao redor do mundo. Com estas medidas, busca-se tornar o Brasil um lugar mais seguro e acolhedor para mulheres que viajam sozinhas, honrando a memória da ativista e inspirando mudanças positivas.

Fonte: Folha BV