- 25 de novembro de 2024
Uma grave denúncia foi apresentada junto ao Ministério Público de Roraima (MPRR), levantando suspeitas de superfaturamento nas festividades de Réveillon realizadas no Parque Anauá durante o ano de 2023.
De acordo com o documento protocolado, os contratos firmados pelo Governo de Roraima para o evento totalizam a quantia de R$ 1,8 milhão, com uma previsão de cinco dias de duração. O governador Antonio Denarium, assinou, no dia 7 de janeiro, a autorização para o pagamento integral dos contratos em questão. No entanto, conforme evidenciado pelos documentos apresentados ao MP-RR, toda a infraestrutura de palco, som e iluminação foi planejada para uma festa com a duração de cinco dias, enquanto a celebração efetiva se estendeu por apenas 9 horas.
A denúncia revela que, embora o contrato tenha previsto a montagem de três palcos para o evento, no dia da festa havia apenas um palco disponível no Réveillon do Parque Anauá. Os gastos relacionados à estrutura dos palcos, som e iluminação atingiram a cifra de R$ 630 mil, apesar da ausência de dois palcos contratados.
Além disso, foi apontado que o Governo de Roraima desembolsou a quantia de R$ 61,3 mil para a instalação de uma arquibancada de seis lances, porém, esta estrutura não foi encontrada no local do evento, conforme a denúncia. Além dos questionamentos relacionados aos palcos e arquibancada, os demais itens contratados, tais como geradores, camarotes, banheiros químicos, telão de LED e outros serviços, teriam sido remunerados com base em uma estimativa de cinco dias de festa, mesmo que a duração real tenha sido significativamente menor.
Diante dessas graves acusações, o Ministério Público de Roraima iniciou uma investigação para apurar a possível ocorrência de irregularidades nos contratos firmados e nos gastos realizados durante o Réveillon 2023 no Parque Anauá. A sociedade aguarda com expectativa os desdobramentos dessa investigação, na expectativa de que sejam tomadas as medidas necessárias para garantir a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos.
Fonte: CM7 Brasil