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ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Michetti foi acusado de receber um malata do diretor da Coopebrás


PF na Sesau pode expor outros casos suspeitos, inclusive, com procurador citado

 A Polícia Federal entrou hoje na Secretaria de Saúde com, pelo menos, quatro anos de atraso, desde que o então secretário da pasta, Aílton Wanderley, se demitiu informando que havia uma máfia dentro da Sesau desviando dinheiro público em contratos supefaturados, medicamentos e equipamentos não entregues, e pagamentos absurdos. 

Parte desses desmandos apontados por Aílton Wanderley era comandada por políticos aliados de Antônio Denarium, entre ele, "senadores", como revelou o ex-secretário que é médico.

Juntando o que Aílton Wanderley denunciou, pode-se chegar a mais envolvidos e a um possível esquema muito maior de roubalheira dentro da Sesau.

JEAN MICHEETI E MALETA - Inclusive, há na justiça estadual um processo movido pelo procurador do estado, Jean Michetti, onde uma testemunha ( uma médica), afirmou em depoimento na Procuradoria Estadual que viu o diretor da Coopebrás, empresa que fatura milhões e milhões de reias em contratos com o governo, "levando uma maleta" - supostamente com dinheiro - na casa de Michetti, dias após ele ter derrubado de forma incomum dois pareceres pedindo bloqueio de pagamento de mais R$ 13 milhões para a Coopebrás, feito por dois colegas da Procuradoria, que encontram irregularidades gritantes.

De acordo com a médica e depoente, o diretor da Coopbrás chegou à noite na casa de Jean Michetti, seu vizinho, e desceu do carro com uma maleta, e pouco tempo depois, saiu da casa do procurador do estado, porém, sem a maleta.

COINCIDÊNCIAS DEMAIS - Isso teria ocorrido em novembro de 2019. E é quando começa um desfecho de coincidências. Primeira, esse esquicito parecer extra de Jean Michetti liberando que a Sesau pagasse a Coopebrás, justamente dias antes em que a tal suposta maleta - sabe-se lá com o quê - lhe teria sido entregue na sua casa pelo feliz diretor da Coopebrás, satisfeito com os R$ 13 milhões recém liberados com mãozinha de  Micheti.

CUNHADO - Segunda coincidência, e legal para essas coisas assim, assim ... coincidentes: o advogado da Coopebras que defendeu essa causa dos desbloqueio dos R$ 13 milhões, era Igor Tajra, apenas cunhado de Michetti, numa coincidência tipo "familiar".

Quando soube que a médica havia prestado depoimento na Procuradoria lhe apontando a possibilidade de ter recebido propina, já que coincidententemente, o diretor da Coopebrás teria ido lhe visitar logo depois de ter ajudado a liberar R$ 13 milhões para a empresa, e, supostamente, ter recebido em sua casa uma maleta, Jean Michetti ingressou na justiça com ação por danos morais contra um procurador.

SÓ PARECERES ESTRANHOS - Estranhamente - como parecem que são esses pareceres de Jean Michetti -, ele não entrou com queixa à Corregedoria da Procuradoria do Estado contra um colega, que era o caminho mais normal e que 99% de membros de uma instituição fazem quando têm queixas e denúncias contra um colega.

É certo que a PF entrou com atraso de quatro anos na Sesau. Mas não é tarde para, em se tratado de roubo de dinheiro público em esquemas de contratos superfaturados e pagamentos de propinas para liberação de dinheiro bloqueado e decisões liminares, se chegue a bandidos.

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