- 26 de novembro de 2024
Kevin e Spacey e Romero Jucá
O ator Kevin Spacey foi inocentado anteontem, em Londres, das nove acusações de assédio sexual violento. Não se comprovou nenhuma denúncia. Isso, porém, não saiu barato para Kevin Spacey, ele foi banido da classe artística nesses últimos anos em que duraram as suspeitas de que havia cometido crimes sexuais. Perdeu contratos e teve até cenas apagas em que havia filmado.
Isso tudo diante do pré-julgamento social impulsionado pelas redes sociais. Como reparar esses erros e os danos causados por eles na vida de um profissional de sucesso, vencedor de dois Oscars, e referência no estilo de atuar para milhares de atores mundo afora, em que nada ficou provado contra Spacey?
Romero Jucá teve 11 inquéritos abertos contra ele no STF, fora acusações de adversários. Em resumo, Jucá foi acusado de desviar dinheiro público; tramar pagamentos de propina, aprovar matérias de interesse de empresas em troca de vantagens e o escambal.
TAPETE LEVANTADO - De 2016 a 2022, Romero Jucá teve o tapete da sua vida levantado de tudo quando foi jeito pela Lava Jato, pelo Ministério Público Federal, pela Receita Federal e pela Polícia Federal. Contas bancarias dele, da esposa Rose, dos filhos, irmãos e até assessores, bem como cartões de créditos de todos esses, tiveram sigilos quebrados e com batimentos feitos sobre rendas, gastos e patrimônios. E nada nada nada de criminoso foi encontrado.
Porém, esse dano na imagem de Jucá vem lhe custando muito caro. Não é fácil a leviandade criminosa de pessoas e adversários que lhe chamam de "ladrão" sem nenhuma prova. Leviandade, até, de quem se esperava respeitar a premissa da presunção de inocência, e que foi vítima de difamação e calúnia: Lord Hiran Gonçalves.
Sim, Lord chamou Romero Jucá e o presidente Lula de "ladrões", sem prova alguma e muito menos moral pra isso. E logo Lord que, na campanha, viu como é ruim e doloroso ser vítima de falsas acusações porque ele foi vítima disso, quando postaram em grupos de WhatsApp um vídeo de um pai de santo o chamando de "Hiran, meu menino", afirmando que o "trabalho" para eleição dele já estava feito.
FALTA DE SIMANCOL - Faltou ali, a nobreza estética e veborrágica que Hiram porta até quando vai "make two" no banheiro. E falta de simancol, quando Lord diz que Jucá serviu a interesses empresariais. E você, Lord, foi de jatinho de um conglomerado de produção de remédios para a Croácia, para quê? E para Estocolmo, em voo de classe executiva, tratar sobre plataformas digitais, também, pra quê?
Voltando a Romero Jucá, são duas eleições em que ele perdeu para a difamação, para a mentira, para o pré-julgamento social e leviano em que as pessoas não questionam por provas do que se é dito e publicado. E outras, difamam e caluniam para se darem bem.