- 26 de novembro de 2024
TRE salva Denarium e Hiran sem julgar denuncia de compra de votos
Imagine, você, testemunhando um assalto onde você tirou fotos do crime e os suspeitos são identificados. Aí, você denuncia à Polícia, porém, a Justiça não aceita a denúncia porque você está com o IPTU atrasado.
Ou seja, um suposto crime deixa de ser investigado e julgado, porque o denunciante tem dívidas com o erário. Que coisa boa para o crime. Que coisa boa para os criminosos. São salvos pela própria justiça.
Mas, Justiça? Tem que certeza que o nome disso é "justiça"?
Ontem, o TRE rejeitou denúncia do Avante porque o partido tem pendências partidárias-eleitorais. O Avante denunciou que Denarium pagou R$ 22,5 milhões, 10 dias antes da eleição, para um empresário aliado seu, num acordo não homologado pela tal Justiça, e pagou furando a fila de precatórios, a fila de dezenas de dívidas assumidas que o governo tem com pequenos empresários que aguardam há mais de dois, três e cinco anos para receberem menos de 2% do que o empresário Sander Salomão, aliado de Denarium, recebeu.
O Avante acusa Denarium de pagar Sander em troca do empresário ter jogado uns R$ 10 milhões - sabe-se lá - na campanha dele, e que serviu para compra de votos.
Mas, isso, o TRE não quer saber. Punir o Avante que tem dívida partidária, sim, é coisa que tem que ser coibida pela tal Justiça.