- 26 de novembro de 2024
BATOM NA CUECA
No dia 7 de outubro passado, menos de uma semana depois da eleição, o TRE já tinha recebido mais de 40 ações pedindo as cassações de Antônio Denarium e Lord Hiran Gonçalves, eleitos governador e senador. Dessas ações, algumas são consideradas "batom na cueca" pelo fortes indícios de crimes eleitorais e pelos fatos de que crimes eleitorais foram cometidos. E passados mais de cinco meses, nenhuma dessas ações foi julgada pelo TRE. Aliás, sequer foram pautadas.
LORD SERÁ CASSADO
Desses "batons na cueca", há o processo sobre a irregular transferência de R$ 3 milhões do diretório nacional do União Brasil para o diretório regional do Progressistas gastar na campanha majoritária de Lord Hiran. Ocorre que a lei eleitoral proíbe que partidos recebam recursos de siglas não coligados na esfera nacional. O União teve candidata a presidente, e o Progressistas estava coligado com o PL, de Jair Bolsonaro.
ALTEROU RESULTADO
Os mais de R$ 3 milhões que Lord Hiran recebeu do União Brasil, além de irregulares, claramente alterou o resultado da eleição já que o dinheiro foi usado junto a cabos eleitorais, na divulgação de sua candidatura, e nos pagamentos de gastos de campanha.
LENIENTE E COMPLACENTE
Lord será cassado, mas quando, se o TRE até aqui lhe beneficia com a leniência complacente dos distraídos?
R$ 19 MILHÕES E COMPRA DE VOTOS
No caso de Denarium, dinheiro, também, foi fator decisivo para sua eleição. Estranhamente, pulando fila de precatórios e o escambal, Denarium mandou pagar R$ 22 milhões ao empresário e apoiador Sander Salomão cinco dias antes da eleição. Menos de 48 horas depois, Sander havia sacado R$ 19 milhões e não explicou em que gastou o dinheiro, que desconfia-se, foi usado para comprar votos para Denarium e Lord Hiran.
EXEMPLOS DE ABSURDOS
Mais de cinco meses passaram e o TRE hiberna sobre mais de 30 ações contra Denarium e Lord, privilegiando assim, como outros eleitos irregulares foram beneficiados pela lentidão cúmplice da justiça eleitoral. Vejam os casos de Betânia Almeida, Neto Loureiro e Massami Eda que foram condenados mas passaram quase quatro anos para deixarem os cargos, usufruindo de salários e verbas públicas. Isso é justiça?
TRE VAI REPETIR A DOSE?
E o TRE, pelo jeito, gostou e vai repetir a dose. Mais de cinco meses e nada de julgamento de Denarium e Lord Hiran, que estão ganhando salários e tem privilégios que só os nobres têm, como casa, carro, comida, roupa lavada e mais R$ 40 mil na conta todos os meses. Lord, então, por ser senador tem ainda o filho e a esposa empregados no governo de Denarium em que juntos faturam mais de R$ 40 mil, além de, também, contarem com benefícios nos contra-cheques para casa, comida e roupa lavada.
CONTRATO DE R$ 3,5 MILHÕES
E não para aí, não. Lord Hiran ainda tem contrato que recentemente foi reajUstado de R$ 3,5 milhões da sua clínica com o governo de Denarium.
PERGUNTINHA
Se Lord não fosse senador, sua mulher Gerlane Bacarin e seu filho Lordinho seriam secretários de governo?