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APOSENTADORIA COMPULSÓRIA

Magistrados pedem folgas para se defenderem no CNJ


Desembargador e juiz pedem "férias" para, provavelmente, se defenderem no CNJ

A parceria - considerada nociva pelo CNJ ao Poder Judiciário e ao estado de Roraima - entre o desembargador parceiro do senador Chico Cueca, Mozarildo Cavalcanti, o filho, e o juiz Aluísio Vieira, tem suas coincidências propositais.

Ambos, no Diário do Poder Judiciário, protagonizam ontem um festival de "férias" cadastradas como "folgas compensatórias" para, acredita-se, trabalharem suas defesas em Brasília, fazendo o que muitas pessoas julgadas pelos dois fizeram nos tribunais superiores: apresentaram memoriais de defesas em gabinetes de ministros.

Se não são para isso tais "folgas compensatórias", nem o amigão de Chico Cueca - que emprega a filha "quase médica" de Mozarildo em seu gabinete com salário de R$ 6 mil quando ela deve "se virar nos 30" para cumprir o horário de trabalho -, e nem o juiz da 1ª Vara da Fazenda vão a Brasília.

Ficarão em Boa Vista descansando ou viajarão para outros lugares, e não para onde estão os conselheiros do CNJ, órgão que pede as cabeças não apenas dessa dupla mas, também, de outros dois magistrados, digamos, não tão enrolados.

Tanto Mozarildo Cavalcanti como seu fiel colega da Corregedoria terão aí mais ou menos um mês de "folgas compensatórias", coisa que nem todo servidor público tem, para, como dito antes, focarem nas defesas de suas carreiras. Focarem em provar inocência naquilo que, por unanimidade, o CNJ considerou como graves irregularidades cometidas pelos dois.

Coisas, aliás, que o Ministério Público Estadual ou algum cidadão que se sinta prejudicado por isso, deveriam observar, se não são casos de polícia e de danos ao patrimônio público, também.

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