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TEM CURA!


Prefeitura garante tratamento completo e gratuito contra hanseníase em UBSs

Neste domingo, 29, é o Dia Mundial Contra a Hanseníase e Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, uma doença de pele que apesar da alta taxa de contaminação, tem cura. Em Boa Vista, além de promover um trabalho de capacitação e sensibilização com os profissionais de saúde, a Prefeitura garante tratamento e acompanhamento completos nos postos de saúde.

Durante o ano passado, 38 pessoas foram diagnosticadas com a doença no município, sendo 10 do sexo feminino e 25 do sexo masculino, isso porque os homens são os hospedeiros da bactéria. Do total de pacientes, a maioria tem de 50 a 59 anos, o que pode ser explicado pelo desenvolvimento da hanseníase, que acontece de forma lenta, conforme explicou a médica capacitada no Manejo de Hanseníase, Maria Vauliam.

“A hanseníase tem uma alta infectividade e uma baixa patogênea. Ou seja, o paciente diagnosticado contamina muitas pessoas, mas em compensação, poucos desenvolvem. E quando desenvolvem, acontece de forma lenta. Tem paciente que quando descobre uma mancha que não apresenta sensibilidade já tem mais de 20 anos”, disse.

Pela rede municipal de saúde, a população tem acesso completo e gratuito ao teste de sensibilidade, que pode ser feito pelo médico durante a própria consulta, e ao tratamento. Para Maria, o que falta é a conscientização da população com a doença, que ainda é considerada um tabu.

“As pessoas não querem saber se têm ou não. Aí, um das complicações da doença é o espeçamento do nervo. Se ele continua sem o tratamento, alcança a incapacidade. Se a mancha está na mão, por exemplo, ele pode chegar a ficar com aquela forma de garra”, enfatizou.

PREVENÇÃO É O MELHOR CAMINHO – A hanseníase tem cura, mas se prevenir ainda é melhor remédio. Fique atento ao aparecimento de manchas brancas, ou de outras cores, que não apresentam sensibilidade ao toque. Mas se encontrar: procure a unidade de saúde básica (UBS) mais próxima da sua casa. Uma vez iniciado o tratamento, a transmissão é interrompida. A duração do tratamento, por sua vez, depende de cada caso.

“Existe ética para o tratamento. No caso, o paciente não é exposto. É importante que as pessoas se cuidem e estejam atentas. Ao se tratar, o paciente não só evita complicações, como também protege outras pessoas”, pontuou a médica.

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