Dentro da grande renovação na bancada roraimense na Câmara dos Deputados, o empresário Zé Haroldo Cathedral chega com missão de trabalhar a liberação de emendas alocados pelo pai, o deputado Haroldo Cathedral, e prometendo exercer um mandato “de aproximação” com o eleitor e com as suas demandas principais, “priorizando áreas essenciais como educação, saúde e uma agenda propositiva e focada no desenvolvimento de Roraima.”
Nessa entrevista ao Fontebrasil , Zé Haroldo abriu o seu voto para presidente da Câmara. Será de Arthur Lira, de quem espera obter “espaço” para tratar as questões do estado.
Sobre a questão do garimpo, o deputado defende que se encontr “uma forma de não deixar essas famílias desassistidas, bem como também a atividade não agrida a nossa Amazônia.”
Sobre as críticas e denúncias de contra indicações políticas feitas por senadores e deputados, como o caso grave que ocorre com os Dsei Leste e Dsei Yanomami, Zé Haroldo foi enfático: “Deve-se indicar pessoas técnicas e responsáveis.”
O senhor assume um mandato que é tido como de continuação ao do deputado Haroldo Cathedral, isso, no tangente à liberação de emendas alocadas por Haroldo e na área da Educação. Além disso, como o senhor espera marcar o seu mandato?
Como um mandato de aproximação. Quero que as pessoas participem junto comigo, não apenas cobrando, mas dando ideias e me tratando como representante delas. Meu compromisso é atuar com responsabilidade social e muita transparência! E é claro, priorizando áreas essenciais como educação, saúde e uma agenda propositiva e focada no desenvolvimento de Roraima. Espero proporcionar, através da política, os avanços necessários à melhoria da vida dos nossos cidadãos. Acredito que é o jeito mais assertivo de fazer política.
O senhor e demais colegas eleitos por Roraima tiveram reunião com o presidente Arthur Lira, e o que ficou entendido é que a bancada do estado votará nele para continuar comandando a Câmara. Ficou acertado algum posicionamento efetivo dele para as principais demandas de Roraima, como a questões energética, a de internet confiável, e migração venezuelana?
Posso responder pelo meu voto, que será para o presidente Arthur Lira. Temos um bom entendimento e é preciso aproveitar essa articulação política para ganhar espaço na luta por nossas demandas.
As indicações feitas para os DSEIs Leste e Yanomami despertaram a atenção para o uso suspeito de cargos de chefias por parte de parlamentares em órgãos públicos. Como o senhor ver essas indicações?
Deve-se indicar pessoas técnicas e responsáveis. Se o político tem poder de indicação, acaba sendo ligado e responsabilizado por ações, visto que é um cargo de confiança. Que sejam acatadas as indicações de quem é ficha limpa e tem responsabilidade com a coisa pública e, principalmente, com a vida das pessoas, como nesse caso.
O senhor é de um partido da base do presidente Lula, há alguma reivindicação sua ao governo de interesse do estado?
Temos quatro anos pela frente. Eu sempre prezo por relacionamento, diálogo e boa articulação. Isso é necessário para o desenvolvimento do estado. Se não tivermos comunicação com o Governo Federal, fica muito difícil conseguir trabalhar e realizar o que a população espera. Tive uma conversa recente com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e pretendo trabalhar pela mineração legalizada e fiscalizada. Sabemos que o presidente Lula tem uma forte luta contra o garimpo e também sabemos o quanto essa atividade é fonte de renda de muitas famílias roraimenses. Portanto, precisamos encontrar uma forma de não deixar essas famílias desassistidas, bem como também a atividade não agrida a nossa Amazônia.